* Sem revisão *
— Senhores passageiros estamos chegando ao nosso destino. Peço que permaneçam sentados e apertem os cintos.– suspiro ao ouvir a voz da comissária de bordo finalmente anunciando a nossa chegada em São Paulo
Não aguentava mais esse voo! Quatro horas ouvindo uma mulher surtando com o marido porque viu ele olhando para a comissária peituda na hora que ela foi servir uma bebida para eles. Quatro horas de uma discussão sussurrada logo atrás da minha poltrona, ninguém merece!Estico a coluna quando paro na escada rolante me sentindo cansada com essa viagem que deveria ter o efeito oposto.
— ANNAA!– sorrio ao reconhecer a voz estridente que grita o meu nome— Anna, aqui!– olho envolta identificando uma figura baixinha com o braço para cima acenando freneticamente para mim no meio da multidão.
Abro ainda mais o sorriso me aproximando de Carol e seu marido ao passo que desvio do fluxo de pessoas que esperam os seus parentes chegarem no aeroporto.
— Aí meu Deus, finalmente você chegou!!– Carol comenta eufórica me puxando para um abraço— Eu estou tão feliz.
— Eu também estou feliz, prima!– digo retribuindo o abraço— Finalmente vou ter um tempinho para relaxar.
— Eu já disse que você deveria parar de trabalhar tanto. Eu nem lembro quando foi a última vez que você veio nos ver.– comenta entrelaçando nossos braços
Reviro os olhos para o seu drama. Sempre que eu venho visita a tia Carmem ou suas filhas a história é a mesma.
— Não faz tanto tempo assim não Carol. E além do mais não posso ficar tirando férias o tempo todo, tenho uma empresa para cuidar.
— Você sempre diz a mesma coisa...– resmunga começando a caminhar em direção a saída— Mas enfim, você finalmente tirou alguns dias para passar comigo! Pode deixar que o Richard leva.– diz após me ver puxando a minha mala
E só agora me dou conta que simplesmente ignoramos a presença de seu marido que nos segue a poucos passos de distância
— Oi Richard.– comprimento me sentindo um pouco sem graça pela grosseria— Como vão as coisas?– pergunto lhe entregando a mala enquanto caminhamos
— Estavam indo bem– resmunga pegando grosseiramente a mala da minha mão
Olho para ele e depois para sua esposa tentando entender sua atitude mas minha prima nem percebeu o comportamento estranho de seu marido já que está mais interessada em descobrir onde o carro foi estacionado.
Volto minha atenção ao pequeno percurso até o carro ignorando seu comportamento já que deve ter acontecido algo para ele agir assim pois é seu costume ser sempre simpático.
— Nem parece que já se passaram três anos desde o casamento da Carla.– digo vendo algumas fotos que ela postou na sua rede social
Já faz um tempo que chegamos do aeroporto e agora minha prima está fazendo o jantar enquanto conversamos.
— Pois é, o tempo passa rápido. Dona Carmem que está feliz. Carla e Sérgio passaram o ano inteiro planejando essa viagem para comemorar o aniversário de casamento e acabaram chamando mamãe para ir com eles.– Carol comenta com um sorriso no rosto enquanto procura algo na cozinha, parecendo um pouco perdida.
— Tem certeza quer não quer minha ajuda?– pergunto bloqueando a tela do meu celular
— Não se preocupe, eu posso da conta de tudo sozinha.– Carol responde de costas para mim enquanto mexe algo em uma panela.
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Delírios de uma mente devassa
AléatoireDelírios de uma mente devassa é uma coletânea de contos eróticos inspirados, e fantasiados, em situações vivenciadas por uma mente completamente corrompida por devassidão. Minha melhor amiga; O noivo da minha prima; E nasce um devasso; O elevador; O...