JUGHEAD JONES
Eu não preciso mais repetir, eu não sei onde está o dinheiro. Eu não conheço ninguém chamado Archie. - menti, é claro que eu menti. Mas o que eu poderia fazer? Ela fugiu e me deixou sozinho nessa.
Sr. Jones. - A interrogadora me intimidava só de me olhar. - como quer que eu acredite em você, houve uma denuncia.
E que provas vocês tem disso? - ela sorriu. - eu não vejo de que forma você pode provar que eu roubei algo.
Temos uma gravação da câmera de segurança. - tentei não parecer surpreso. meu coração acelerou mas eu não demonstrei nada. Eu sabia que qualquer movimento em falso e ela poderia me levar preso.
Então me mostre. Seria um prazer me ver em uma gravação em que eu nunca estive. Deve ser incrível.
E onde você estava naquela noite?
Vocês não deveriam investigar a esposa desse rapaz, pelo que vi ela está desaparecida.
Onde você estava? - Ela estava perdendo a linha e era um péssimo momento pra mim.
Eu estava em casa. No meu treiler vendo… bom, eu fico constrangido de dizer. - ela arqueou a sobrancelha e revisou os olhos após entender.
Sabe Sr. Jones, eu conheço o seu tipo. É bem conveniente você estar no seu treiler no meio da floresta, sem ninguém pra confirmar e querer usar apenas o histórico do seu computador como confirmação do seu álibi.
Eu não tenho mais o que falar, eu já te disse tudo. Eu não conheço esse Artur e…
Archie.
Que seja… eu não o conheço e como poderia? Nosso mundos são distintos eu jamais teria sequer cruzado com esse rapaz. Eu sinto muito, mas vocês pegaram a pessoa errada. - ela pareceu estar convencida. - Me desculpa mas meu pai também é da polícia eu sei dos meus direitos e se vocês não forem me acusar de nada eu devo ser liberado, fala sério. Isso é perca de tempo. Você devia estar lá fora atrás de quem realmente importa. - ela levantou e saiu da sala batendo a porta com força. E eu fiquei lá algemado e com dor nos pulsos. Quando ela voltou eu fui liberado e quando estava saindo ela disse
Sr Jones. - olhei diretamente para ela. - Não saia da cidade.
Tudo bem delegada Tópaz eu não tenho pra onde ir. Você sabe onde me encontrar.
Eu acho, eu acho que quando tudo esta acabado, as coisas ficam voltando como flashes, sabe? É como um caleidoscópio de memórias, tudo fica voltando, mas ela nunca volta. Eu acho que parte de mim sabia que isso iria acontecer no momento em que eu a vi. Realmente não foi nada que ela disse, nem nada que ela fez, foi o sentimento que veio com isso. E a coisa mais louca é que não sei se vou me sentir assim de novo, mas não sei se deveria. Eu sabia que o mundo dela girava muito rápido e brilhava muito forte, mas pensei ‘Como o mal pode te aproximar de alguém que se parece tanto como um anjo quando sorri pra você?’ Talvez ela soubesse quando me viu. Eu acho que perdi meu equilíbrio. Eu acho que a pior parte de tudo não foi perdê-la, foi me perder.
NEW YORK, TRÊS ANOS ANTES.
Eu cometi alguns erros a três anos atrás, mas eu sempre estava sempre ao seu lado e ela me deixou sozinho. Ela me encontou, eu acho que ela não ligava muito pra mim e eu gostava disso, eu não queria compromisso mesmo. Mas foi quando eu me apaixonei que ela deu um passo enorme pra trás. Eu não a culpo. Ela não prometeu que ficaria comigo eu sabia que isso não significava nada pra ela, e ela sabia como me manipular. Seu cabelo era ruivo, um vermelho que eu nunca tinha visto e só ficava bem nela, ela era arrogante, sarcástica e até um pouco soberba, mas comigo ela era um doce, frágil e eu sentia que devia protejê-la. Nas últimas semanas eu a sentia longe quando estava próxima a mim, foi quando eu percebi que a culpa era minha. Nós éramos jovens demais e nos magoamos muito, até que ela decidiu se mudar. Foi morar com a avó em uma pequena cidade no estado da Geórgia. E eu era a piada como sempre. Sem emprego, sem casa e sem ninguém. E eu sabia que sem ela não conseguiria ser ninguém. Eu sabia que isso era um problema.
Foi mais ou menos 3 meses depois da Cheryl Blossom se mudar com o irmão, que eu me meti em uma roubada. Eu não tinha onde morar, eu dormia na garagem de um conhecido do meu pai. Que a propósito eu não gosto, prefiro morar na rua. Então eu cometi a burrada de assaltar um Wallmart, não a versão grande mas aquelas versões poket que ficam nos bairros, eu não sabia que o caixa estava armado também. Tomei um tiro na perna e cumpri 1 ano de prisão. Eu achava que estava perdido e que eu jamais amaria alguém novamente. Nada de desculpas, Cheryl nunca me verá chorar. Ela se foi fingindo que não sabe que ela é o motivo de eu estar me afogando.
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O FUGITIVO
RomanceElisabeth Cooper tinha acabado de se formar na faculdade quando conheceu o homem da sua vida. Um perfeito cavaleiro ruivo e milionário com quem se casou e foi muito feliz. Mas com o passar do tempo as coisas cairam na rotina e eles se perderam. Foi...