Capítulo 4: "Enfim juntos"

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Boa leitura


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Já era quase noite e Katsuki estava a espera de que Shouto voltasse de uma reunião com o conselho e países aliados. Era o seu primeiro dia de fertilidade e já começava a sentir o desconforto que acompanhava aquele período, se preparando mentalmente para o momento em que se tornaria um com o rei e aquelas leves dores que agora o incomodavam desapareceriam.

Não dormia no mesmo quarto que Shouto, sequer se beijaram, e agora ter que dar um passo tão significativo de uma única vez o deixava apreensivo, entretanto isso não o faria voltar atrás em sua escolha.

Tão logo Shouto chegou ao encontro de Katsuki, sorriu ao loiro estendendo-lhe a mão para o guiar aos aposentos reais, desculpando-se mesmo sem necessidade por seu atraso. O menor apoiou a mão à do outro, permitindo que o mesmo o guiasse ao quarto.

Ouviu um elogio vindo do rei, sobre seu perfume estar ainda mais agradável naquele dia, permitindo-se corar como resultado. Ignorou os membros do conselho que se mantiveram por perto, decidido a esquecer que ficariam pelas redondezas.

Ao adentrar o quarto, observou cada detalhe maravilhado — mesmo que já tivesse visto muitos cômodos luxuosos naquele castelo — e somente voltou a realidade quando Shouto se aproximou com algumas peças de tecido em mãos.

— Aqui. — o de cabelos bicolor entregou uma das peças ao outro.

— O que é isso?

— Para você vestir. Não ficará envergonhado se estiver completamente desnudo em minha presença?

— Sim, ficarei.

— Então vista isso, não atrapalhará em nada.

— Não quero. Ficarei desconfortável.

— Mas e a vergonha?

— Não serei o único sem vestimentas, então não há problemas.

— Pois muito bem. — o maior logo largou aqueles tecidos ao chão e começou a se desfazer das peças que vestia. — Tire suas roupas também, por favor.

— ... Certo. — e logo o loiro acatava a ordem.

Era um pouco constrangedor ficar sem nada que lhe cobrisse, mas Shouto aceitaria por ser a vontade de Katsuki. Além disso se prendia à imagem diante de si, descobrindo que o menor era ainda mais atraente do que imaginava e essa descoberta era mais que suficiente para excitá-lo de imediato. Sentia-se orgulhoso por saber que o faria seu, embora não se atrevesse a revelar em voz alta.

— Tudo bem se eu tocar em você?

— Seria estranho eu negar agora...

E foi o que Shouto fez, primeiro tocando a bochecha de seu prometido, deslizou a mão sem pressa para seu pescoço, ombro, toda a extensão dos braços, mãos. Depositou um gentil selar ali antes de prosseguir, guiando o loiro até a espaçosa cama de casal, deitando-o ali e logo repousando o próprio corpo sobre o dele.

— És muito belo, Bakugou.

Viu o loiro corar, o que lhe fora gracioso levando em conta que a face do outro não se avermelhou ao ficar completamente nu em sua presença, mas sim ao ouvir um elogio sincero.

— Posso lhe beijar?

— Não pergunte cada mínima coisa! Apenas faça como desejar! — ainda estava constrangido pelo elogio, então deu autorização para tudo.

— Então assim será.

Logo o rei começaria a beijar o loiro, aproveitando para lhe explorar o corpo com ambas as mãos. Sentiu quando Katsuki com uma das mãos lhe puxou levemente os cabelos, mostrando-se entregue ao beijo, e com a outra deslizou por suas costas, causando arrepios ao rei.

Estava agindo por instinto, afinal Shouto nunca havia feito isso com ninguém porém tinha uma vaga idéia de como deveria proceder. Direcionou uma das mãos ao próprio membro, posicionando-se para enfim adentrar o loiro, ouvindo-o suspirar em surpresa durante os beijos que trocavam quando foi invadido.

— Está bem? — perguntou quando o contato dos lábios cesou.

— Sim... Pode começar, majestade.

Ouvia-se ser chamado daquele modo diariamente e por quase todas as pessoas, todavia escutar de Katsuki e justo naquela situação o incitava e muito.

Começou a se mover dentro do loiro sem pressa, apreciando a nova e viciante sensação que havia descoberto ao se conectar intimamente com o menor. Não conseguia esconder o prazer que sentia, e tudo só melhorava ao ver que Katsuki também adorava aquele ato.

Suspirava baixo rente aos lábios de Katsuki, ameaçando beijá-lo novamente a qualquer momento, mas queria o escutar gemer como fazia agora ainda mais.

— Shouto... É errado eu... Gostar tanto disso?

— Se for... Ambos estamos errados, Katsuki.

Aquela era uma época diferente, onde as pessoas somente faziam aquilo para fins de procriação. Talvez Katsuki acreditasse ser pecado apreciar a sensação que tinha embora aos olhos de muitos já fosse um pecador. Já Shouto não se importava com mais nada no momento, há um tempo tinha percebido que ama Katsuki e agora havia descoberto o quão prazeroso era estar com ele assim.

O rei intensificava a invasão no guerreiro por conta própria, cada instante mais ligado a sensação de enfim se tornarem um. Começou a beijá-lo mais uma vez ainda que isso abafasse os, aos ouvidos do rei, deliciosos sons que saiam dos lábios do loiro.

Shouto ajeitou-se na cama ao encerrar o beijo, ficando agora sentado sobre as próprias pernas, erguendo o quadril de Katsuki para compensar a mudança de posição. Ficou satisfeito ao perceber que daquele modo conseguia estocar ainda mais fundo em Katsuki, que já apertava o travesseiro que lhe apoiava a cabeça em resposta, gemendo alto e sem qualquer vergonha como consequência da nova posição em que faziam amor.

Não muito depois daquilo Katsuki gemeu de forma mais manhosa, contraindo seu interior enquanto atingia o orgasmo. Aquela era, de fato, a melhor sensação para Shouto, sendo apertado daquela forma pelo interior do menor, atingindo seu clímax também porém dentro de seu amante. O corpo pesou, repousando-o sobre o de Katsuki por instinto, recebendo um leve afago nos cabelos vindo do loiro. Ambos tentando normalizar suas respirações e acalmar seus corpos.

— Isso foi bom... Majestade estúpida. Nunca havia me sentido assim.

— Sim, o mesmo para mim.

— Sabe... Ainda ficarei no período fértil por mais alguns dias. Acho que ninguém seria contra fazermos mais algumas vezes...

— Me parece uma boa idéia...

E assim, prepararam-se para tomar um banho juntos e logo saíram para jantar, já de roupas trocadas. A partir daquele ponto, Katsuki já começava a ser observado de perto por um membro designado da guarda, porém o casal ainda pôde ficar unido daquela forma mais vezes durante todos os dias em que Katsuki estivesse reprodutivo, sob a desculpa de que assim aumentariam a chance de o loiro engravidar.

Até a próxima

O rei e o guerreiroOnde histórias criam vida. Descubra agora