CAPÍTULO VII:

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Ele estava entendiado.

Não aguentava mais ficar o dia inteiro sem fazer nada, deitado naquela cama de hospital.

Se sentia só.

Principalmente, desde que Jaebeom havia ido embora.

Youngjae mal podia esperar para receber alta.

No momento, ele estava sentado em sua cama, quando o enfermeiro entrou no quarto, avisando que havia visita.

Era Seulki.

Aquela era a primeira vez que ela foi visitá-lo, desde que ele acordou.

Ela parecia cansada.

Talvez, sem seu braço direito, o trabalho estivesse sendo difícil.

Contudo, Youngjae notou algo a mais no olhar dela.

Parecia...

Preocupação?

Algo estava acontecendo?

– Achei que tivesse esquecido que tinha um amigo. – Youngjae brincou, tentando animar sua amiga.

– Claro que não! – ela disse sorrindo. Entretanto, era um sorriso forçado. – Pensei em você durante todos esses dias. – ela disse.

Youngjae ficou feliz em ouvir aquilo.

Mas, ainda estava preocupado.

Seulki sentou-se no leito ao lado de Youngjae, onde costumava ficar Jaebeom.

Ele virou-se para ela.

– Então, como anda aquela delegacia, sem mim? – perguntou. – Deve estar tendo um trabalho bem pesado, não é? – disse, tentando brincar.

Contudo, Seulki não riu.

Ela não estava mais tentando esconder.

– Youngjae, o que você tem a ver com esse caso? – perguntou.

Ele não entendeu a pergunta.

– Como assim? Eu sou um dos oficiais responsáveis pela investigação. – respondeu, parecendo óbvio.

E era.

Mas, não parecia a resposta que ela queria.

Seulki olhou para ele.

Seu olhar era...

Julgador?!

– O que você quer saber? – Youngjae perguntou, nervoso.

Aquilo estava ficando estranho.

– Você é, atualmente, o principal suspeito. – Seulki disse.

Ele ficou atordoado.

Não sabia se os remédios estavam fazendo ele alucinar.

Não, não.

Ouviu perfeitamente.

– Como...?

– Eu também não sei. – ela interrompeu. – Tudo o que me disseram era que estavam investigando você.

– Mas, eu nunca... – Youngjae começou. – Seulki, você me conhece desde sempre. Sabe que eu nunca faria algo assim. – falou.

Ele estava frustrado.

Não sabia o que poderia ter feito para levantar essas suspeitas.

– Sim, eu sei. – ela disse. – Por isso, confio em você. Mas, lembre-se – começou – os outros não sabem quem você é. Nenhum de vocês se conhecem. – ela olhou fixamente para Youngjae. – Por isso, é normal que não confiem em ninguém. –

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