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14.

Quinta-Feira, Dezembro 18, 2014.

{Harry Styles}

Com cuidado, eu rodo a fechadura e abro a porta para trás. Deixo uma Crystal sonolenta entrar primeiro dentro de casa e de seguida fecho a porta atrás de mim. Retiro os meus sapatos à entrada e pouso as chaves, juntamente com a minha carteira, no móvel.

Crystal entra na casa de banho do quarto para poder trocar-se e eu aproveito também para poder despir-me. Eu meto um pouco de aftershave debaixo dos meus braços por ter suado um pouco no concerto. Nós demoramos mais de duas horas a sair do local do concerto e depois mais uma hora de viagem até minha casa.

Desfaço a cama e antes de deitar-me na mesma, eu vou rapidamente até à cozinha petiscar alguma coisa por estar com fome. Decido levar uma sandes de manteiga de amendoim para Crystal. Quando volto para o quarto, ela já se encontra debaixo dos cobertores deitada com o olhar atento na televisão. Meto-me debaixo dos cobertores, ao seu lado.

                “Come isto, não comeste nada o dia inteiro.”

                “Não estou com fome, Harry.”

                “Crystal.”

                “É verdade, para ser sincera até estou um pouco mal disposta.”

Eu olho para ela para perceber se ela está a mentir-me ou não. No final, eu decido pousar a sandes em cima da mesa-de-cabeceira, para se lhe der vontade de comer mais tarde ou assim. Eu endireito a almofada numa maneira que possa sentir-me confortável antes de deitar-me. Agarro no meu telemóvel só para ver rapidamente as horas, antes de o pousar novamente no sítio.

São quase quatro da madrugada.

Eu aproximo-me de Crystal e ela apercebe-se, aproximando-se também de mim. Ela pousa a sua cabeça no meu braço e eu rodo o meu outro braço à sua volta, beijando suavemente a sua testa. Atrevo-me a entrelaçar as nossas pernas.

                “Obrigada por este dia, Harry.”

Eu aperto-a no meu abraço, afagando os seus cabelos.

A meio da noite, eu acordo com um barulho estranho e eu percebo que Crystal não está mais na cama. Espreguiço-me e agarro no meu telemóvel para poder ver que horas são, 7:09 a.m. Afasto os cobertores de cima de mim e levanto-me lentamente da cama.

Eu vejo a porta da casa de banho encostada e a luz acesa. Bato à porta antes de lentamente entrar e poder ver Crystal sentada ao lado da sanita e com uma mão na sua testa, o seu rosto cabisbaixo. Eu aproximo-me dela.

                “O que é que se passa?” Questiono, preocupado.

                “Estou maldisposta.”

Ajoelho-me à sua frente e pouso a minha mão sobre o seu joelho.

                “Mas tu não comeste nada durante o dia inteiro.”

Ela encolhe os ombros.

                “Devo ter apanhado um vírus ou assim.”

                “Não tomaste nenhum comprimido?”

                “Não.”

                “Tens vontade de vomitar mais?”

                “Acho que não consigo.” Ela ri ligeiramente sem humor.

Eu levanto-me e, com cuidado, eu ajudo-a a levantar-se.