Winter » harry styles

16.

Segunda-Feira, Dezembro 22, 2014.

{Harry Styles}

Afasto os cobertores de mim e levanto-me da cama. Crystal já não se encontra na minha cama. Eu procuro uns calções de treino para vestir e saio do quarto. Um cheiro a comida chega-me ao nariz e eu caminho até à cozinha mas sem antes passar pela sala e agarrar numa manta, cobrindo-me.

Antes que possa entrar na cozinha a voz de Crystal pára-me e eu percebo que ela está a cantar. Entendo que é a música do meu amigo e cantor, Ed Sheeran- Friends.

Friends just sleep in another bed

And friends don’t treat me like you do

Well I know that there’s a limit to everything

But my friends won’t love me like you

No, my friends won’t love me like you

 

Eu sorrio apreciando a voz dela a cantar. Para ser sincero, nunca a tinha ouvido cantar antes, ela é demasiado envergonhada para mostrar algumas das suas habilidades.

We’re not friends, we could be anything

If we tried to keep those secrets safe

No one will find out if it all went wrong

They’ll never know what we’ve been through

 

So I could take the back road

But your eyes will lead me straight back home

And if you know me like I know you

You should love me, you should know

 

Entro na cozinha e aproximo-me de Crystal, que está de costas para mim por estar ocupada no fogão, e meto-me atrás dela, que continua a cantar. A minha altura sobrepõe-se à dela e eu sorrio por isso, ela ainda não deu pela minha presença parecendo concentrada no que está a fazer e na canção.

Inclino-me para o lado para poder beijar a sua bochecha e rodo os meus braços à sua volta, fazendo-a saltar com o susto.

                “Fodasse Harry, assustaste-me!” Ela exclama.

Aproximo os meus lábios do seu ouvido. “Bom dia.”

                “Bom dia.” Crystal mete a panqueca no prato. “Estavas aí há muito tempo?”

                “O tempo suficiente para saber que cantas.”

                “Não era suposto ouvires.”

Volto a beijar o seu rosto, agora corado por vergonha, e afasto-me de si. Meto-me ao seu lado, encostado ao balcão enquanto a vejo a fazer panquecas.

                “Devo-me sentir lisonjeado por estares a fazer-me o pequeno-almoço?” Sorrio, divertido.

Ela sorri. “Não te acostumes a isto, Harry, porque não vai acontecer sempre.”

Eu aproximo o meu dedo da pana para molhá-lo mas a sua mão embate na minha, chutando-a para fora.

                “Não toques nisso.”

                “Eu só quero provar.”