Mesma noite - Algumas horas antes
Já era o horário do jantar. Ambas crianças e casal estavam na mesa, saboreando a comida cozinhada por Izuku.
- Tio Deku! - o esverdeado ouviu a voz infantil lhe chamar, olhando em sua direção e notando ser Hana a dona de tal voz.
- Sim, querida? - questionou, levando o garfo com um pedaço de carne à boca.
- Como você e o tio pavê se conheceram? - o sardento arregalou os olhos surpreso. Em anos que se conheciam, a loirinha nunca se demonstrou curiosa em relação aos dois.
- Deixe-me ver... - pensou um pouco e memórias amargas vieram em seus pensamentos. Olhou rapidamente para Shoto e ele não fazia uma expressão muito boa também. Foi um momento terrível na vida do meio ruivo, afinal.
- Ah, isso eu sei! - Aiko, a garotinha de madeixas ruivas, face cheia de sardas e orbes azulados respondeu no lugar do pai. - Posso contar, papai? - perguntou ao bicolor que lhe direcionou um sorriso gentil por toda sua inocência.
- Pode sim.
O casal combinou que apenas contaria a realidade para filha quando ela tivesse uma idade mais elevada, pois não era uma história divertida e nem alegre para uma criança. Apesar de Aiko ser bem madura para a idade, preferiram criar uma versão mais amena da verdadeira situação.
- O papai Izu conheceu o papai Sho na escola, quando um cara mal tava implicando com ele. Ai o papai Izu salvou ele e eu nasci!
Explicou ao seu modo, de forma bem resumida.
- Como você nasceu? - Katsuo se viu curioso diante deste último detalhe. Sua mãe e seu pai sempre se recusaram a dizer como eles haviam nascido, falando que quando crescessem entenderiam. Nesse aspecto fora bem obediente e jamais procurou informações sozinho - principalmente porque Hana fez com que ele desistisse - apesar de alguns alunos mais velhos na escola dizerem coisas bem nojentas sobre esse assunto... coisas quais ele ignora.
- Ok crianças, chega de perguntas. - Izuku interveio, para o bem da inocência deles e de sua própria filha- Por que queriam saber como eu e o tio "pavê" nos conhecemos?
- É que... - a loira começou a dizer. Era um segredo entre ela e seu irmão, mas talvez, só talvez fossem precisar de dicas de seus tios - Promete não contar pro papai? - perguntou com olhinhos de cachorro abandonado.
- Ai meu Deus, não me diga que algum garoto te pediu em namoro... - Midoriya questionou espantado.
- Não! - negou prontamente com as bochechas infladas. - E mesmo se tivesse, eu não aceitaria. Meninos são chatos! - cruzou os braços - Meninas são muito mais legais!
- Eu sou chato, mana? - o moreninho perguntou choroso ao seu lado.
- Um pouco. - declarou e viu uma lágrima sair do olho de Katsuo - Tudo bem, você não é chato! - um sorriso logo apareceu na face do garoto.
- Então, Hana-chan... o que quis dizer com aquilo? - o esverdeado voltou o assunto.
- É que...
- A gente tá tentando fazer o papai e um tio nosso da escola namorarem! - Katsuo respondeu, arrancando uma cara emburrada da irmã.
Midoriya ficou boquiaberto. Segurou-se para não rir do que acabara de ouvir. Que atitude inusitada.
- Mas por quê?
- Porque o tio Eiji é legal com o papai e queremos ver ele feliz de novo! - a loira foi quem explicou animada - mas o tio Eiji é outro menino, então queria saber como você e tio Pavê se conheceram porque vocês também são e eu só vi o papai gostar da mamãe...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Unidos por duas crianças [DESCONTINUADO]
FanficOnde Katsuo e Hana, filhos de Katsuki Bakugou, querem animar seu pai depois que sua mãe lhe abandonou e mudou de país com o amante, tendo a brilhante ideia de procurarem uma namorada para ele nas professoras de sua escola, pois era onde Katsuki trab...