Night Changes

Capitulo 5

POV Louis

Depois de chegar-mos ao hotel, e de termos acabado de jantar, foi cada um para o seu quarto, e decido finalmente falar com a Eleanor.

"Eleanor?"

"Sim?" perguntou.

"Temos de falar."

Ela saiu do quarto de banho.

"Diz."

"Quem era?"

"O que amor?"

"Aquele homem"

"Já te disse que era só um amigo que já não via há muito tempo."

"Sim, isso tu disses-te e eu percebi."

"E então?"

"Espera... Tu só não me disses-te o que está por trás disto."

"Mas não há nada para além de o Ben ser só um amigo de infância, apenas isso!"

"Então porque é que ficas-te assim Eleanor?" aumentei o pouco o meu tom de voz.

"Estamos num hotel Louis, controla-te."

"Então conta-me tudo de uma vez." Estava-me a começar a irritar. Porra, eu sou o seu marido, custa assim tanto contar?

"Porra Lou, não há nada para contar! Vê se percebes isso."

"E tu" disse enquanto lhe apontava o meu dedo indicador, e prossegui "vê se percebes que eu já não tenho 16 anos e acredito em tudo o que tu dizes."

"Mas-"

"Espera. eu sei muito bem que esse tal homem, o Ben, ou quem lá ele seja, não foi só um amigo de infância, tal como tu dizes. Até pode ter sido, mas alguma coisa se passou, porque quando tu o viste ficaste branca Eleanor. Não só ficaste branca como também te levantas-te, foste falar com ele e voltas-te para a mesa muito estranha, e até os miúdos o notaram. Para não falar de quando estavamos a sair da praia e ele passou por nós e tu começas-te a andar mais devagar, e apertas-te a minha maão."

"Louis, por favor, apenas esquece isso."

"Não esqueço, porque eu sei que alguma coisa nele te está a perturbar, e tu não me queres dizer. Mas porra El, tu és a minha mulher, custa muito confiares em mim e dizeres-me isso?"

"Não, não custa. Muito pelo contrário. Eu confio em ti, se não, não me tinha casado contigo."

"Então! Mais uma razão."

"Eu apenas não quero contar ok?"

"Mas então admite que há algo."

"Sim, há. Mas é passado e eu não quero recordar"

"Mas eu quero saber."

Ela sentou-se na cama e uma gota de água escorreu-lhe pelo seu belo rosto abaixo.

"Porque estás a chorar?"

"Eu náo estou a chorar."

"Estás sim."

"E porque será? Sabes bem que eu não me posso irritar."

"Dizes sempre isso..."

"Porque eu tenho uma doença! Será que ainda não tinhas percebido?"

"Tu o que?"

"Tu ouvis-te."

"Como assim uma doença? E porque é que não me contas-te nada antes?"