Outer banks - a nova rota do ouro

kiara

Acordei naquela casa caindo aos pedaços, já estava de dia, JJ estava ainda em um sono pesado e eu balancei seu corpo fortemente.

- JJ acorda! Já está de dia temos que sair daqui!
- Para pai!_ ele falou ainda delirando de sono.
- JJ acorda! Sou eu ki.
Foi aí que ele abriu os olhos espantado e olhou pra janela.
- a gente tem que sair daqui. _ falou já acordado.
- Sim. Vamos!_  levantei e estendi a mão para ajudar ele a se levantar.
- ki, minhas coisas estão todas na casa de Jhon B. meu celular, o dinheiro para as passagens.
- A gente não pode voltar lá. _ afirmei.
_ e se a gente chamasse a polícia. _ sugeri.
- Não. tá doida? É capaz de me prenderem também, aí eu tô ferrado legal.
- Verdade. Deixa isso pra lá, vamos pra minha casa eu pego dinheiro, algumas coisas e a gente embarca.
- Isso! Única saída, só que eu vou te pagar depois essas passagens com juros.
- Não se preocupa JJ, agora a gente tem que focar em chegar vivos nas Bahamas.

A gente saiu da casa abandonada e andamos por algumas horas até chegar na minha casa, entramos e meus pais não estavam em casa, só a mulher que trabalha lá, fomos até o meu quarto, peguei um dinheiro que estava juntando para viajar para Galapágos, e duas mochilas, em uma coloquei algumas roupas, e na outra, fomos até a cozinha, e enchemos ela de comida, antes de sair escrevi um bilhete falando que ia fazer uma viagem para visitar reservas marinhas, para eles não se preucuparem e deixei na mesinha da sala.

- Agora vamos pro Porto!_ JJ falou enquanto puxava minha mão apressado.
- Não aguento mais andar_ reclamei.
- Quando a gente estiver dentro do barco no caminho para as Bahamas você descansa.
- É o jeito né.
Chegamos no porto, compramos as passagens, o barco que ia para as Bahamas, ia passar daqui 10 minutos.
- Kiara, aquele ali não é um daqueles capangas de ontem?_ JJ falou com um semblânte de pânico.
Eu olhei disfarçadamente, e era ele, estava procurando por alguém provavelmente era a gente.
- E agora?_ Perguntei desesperada.
- Não sei. Vamos ficar aqui parados até o barco chegar, quando chegar a gente pula nele e vai embora.
- Mas se ele se aproximar?
- aí a gente tá ferrado._ ele falou bem baixinho.
Faltando dois minutos para o barco chegar o bandido foi indo em nossa direção, JJ estava de frente pra mim.
- JJ, ele está vindo._ falei sem tentar transparecer desepero.

Foi quando JJ me segurou forte pela cintura e me deu um beijo, eu sem entender nada, não sabia se o empurrava, ou entrava no jogo que não sabia bem qual era, por alguns segundos consegui até esquecer de tudo,  foi quando ele trocou de posição comigo e ficou de frente para a direção que o homem vinha vindo, nossos lábios foram se distanciando.

- Ele foi embora_ ele disse, meio sem graça.
Eu sem pensar em nada dei um tapa na sua cara.
- Aí, isso doeu_ ele reclamou.
- O que foi isso? Porque me beijou?_ perguntei indignada.
- Foi uma estratégia para ele não perceber que era a gente._ ele se justificou.
- Da onde você tirou isso? Até porque é super despercebido um casal se beijando no meio do porto._  repondo em tom de ironia.
- Eu vi isso no filme do Capitão América guerra civil . _ ele sorriu, mas ainda meio sem graça.
- Nossa!_ respondi indignada.
- Deu certo, não deu? As pessoas evitam olhar casais se beijando, é constrangedor.
Quando ele terminou de se justificar, avistei nosso barco se aproximando do porto.
- Vamos! O barco chegou._ falei.