Décimo Capítulo: Memories

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POV RICKY

Exausto... não teria melhor palavra para me descrever nesse momento, mesmo que eu adore participar de musicais, não posso negar que é cansativo, preparar as coreografias, figurinos, músicas, tudo dá muito trabalho e é super exaustivo. Depois de tanto trabalho essa semana, fomos liberados e estamos com o dia livre. Resolvi ir ao meu dormitório, a primeira ideia que se passou por minha cabeça foi fazer uma live.

-Por quê não ?...- Murmurei em voz alta, somente para mim já que estou sozinho.

Peguei meu violão, procurei uma posição confortável e posicionei meu celular começando a gravar, escolhi a música "Say you won't  let go" do James Arthur  (vídeo da mídia), claro que me atrapalhei um pouco, cantei me divertindo como sempre, a música é minha paixão não tem como negar. Quem sabe não posso seguir como profissão ?.

Nunca  planejei meu futuro, acho  que tem coisas inevitáveis e a mudança é uma delas, todos sonhamos... claro, mas não é como se tudo que planejássemos se tornaria real, mudanças acontecem e não temos controlar, muitos sonham em formar uma família, em ser bem sucedido, mas meu sonho é trabalhar com o que amo... a música. Comecei a pensar no meu futuro, não é como se eu não pensasse, é só que não planejo nada, pensar todos pensamos. 

A Nini é a garota que eu sempre gostei, convivemos juntos a nossa vida toda, estávamos presentes sempre que o outro precisasse, tanto em momentos ruins quanto para os bons. Posso contar tudo a ela, independente do que seja, foi horrível a sensação que tive quando ela me disse aquelas palavras "estou namorando", foi indescritível a dor que senti naquele momento.

Flashback on: 

Acordei 09h00 como em todos os finais de semana, tomei meu café e escovei meus dentes, por maior que seja minha vontade de passar o dia inteiro de pijama, troquei de roupa já que combinei de ir ao parque com Nini, dei "tchau" para meu pai.

Cheguei no parque uns 5 minutos adiantado, fiquei observando as pessoas andando, o que me chamou atenção foi uma criança puxando a barra da calça de sua mãe, pedindo por um algodão-doce, lembrei da última vez que estive aqui com minha mãe, eu tinha mais ou menos a idade daquela criança, a única diferença era que estava querendo pipoca, mas fiz do mesmo jeito, deve ser jeito de criança...

Fui tirado de meus devaneios por Nini, não tirei meus olhos da criança, só percebi pelo fato de estar esperando por ela e seu perfume inconfundível. Em silencio se sentou a meu lado, observou a mesma que eu, continuo sorrindo.

- Sente falta dela ?.- É como se estivesse lendo minha mente, ou ouvindo meus pensamentos.

- Pode fazer pouco tempo desde que ela foi para Chicago, mas já percebi que ela não foi só por causa do trabalho, foi também se distanciar do meu pai.- Admiti em voz alta pela primeira vez, senti sua mão acariciando a minha, uma corrente elétrica percorreu meu corpo, olhei em seus olhos. Sim... eu já sabia que gostava dela nesse momento, as batidas frenéticas do meu coração me denunciavam, espero que ela não possa ouvir.

Foi impossível não reparar em sua beleza, tão simples mas ao mesmo tempo tão única, o brilho de seu olhar transmite paz, confiança, segurança e principalmente transparência, já seu sorriso é o mais sincero, parece que tudo melhora somente com um belo sorriso de Nini. Cada  vez que a vejo é uma sensação diferente, principalmente quando percebi que gosto dela. Usava um simples casaco, pois batia uma brisa gelada.

Ficamos observando tudo ao nosso redor, o clima entre nós estava leve e agradável , compramos algodão-doce, conversavamos sobre tudo e ao mesmo tempo nada, lembrei que na ligação, Nini queria me contar algo, mas preferiu ser pessoalmente

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Ficamos observando tudo ao nosso redor, o clima entre nós estava leve e agradável , compramos algodão-doce, conversavamos sobre tudo e ao mesmo tempo nada, lembrei que na ligação, Nini queria me contar algo, mas preferiu ser pessoalmente. 

- O que queria falar ?.- Perguntei encarando-a diretamente nos olhos, parecia nervosa de repente, deixando-me mais curioso.

-Então...- Parecia prrocurar as palavras certas e a coragem.- Lembra que conversamos sobre estar gostando de alguém e eu disse não ?...- Assenti sem interrompê-la, estava mais curioso se possível, é estranho mas tive um mau pressentimento.- Todos nós mudamos o jeito de pensar, acontecem coisas da qual nos faz mudar de ideia.

- Tá, então você está tentando dizer que está gostando de alguém ?.- Perguntei tentando entender o que ela estava querendo dizer.

- Eu estou namorando o E.J Caswell.- Arregalei meus olhos, tantos caras no mundo e ela escolheu ele, sério ?. A dor apertava meu peito, não consegui raciocinar, encarava minha melhor amiga angustiada esperando minha reação.

- E.J ?.- Foi tudo que consegui falar.

-É, eu sei. Acabei gostando do cara que eu jurava ser um egossentrico, egoísta e mimado, mas tive a oportunidade de conhecê-lo melhor, pude ver como ele é engraçado, inteligente, lindo...- Falou olhando o horizonte, percebi o sorriso bobo em seu rosto ao mencioná-lo.

-Tá, não estou julgando... até porque  não conheço ele, só pelo que os outros falam e minhas próprias conclussões.- Nesse momento ela desviou o olhar para me encarar.

-Mas ?.- Perguntou receosa.

-Mas se você está feliz, eu também fico, você sempre esteve comigo então o minimo que posso fazer e te apoiar e estar aqui para tudo que você precisar, sou seu melhor amigo.- Olhei em seus olhos tentando realmente  parecer feliz por ela, recebi um abraço, retribui ainda sentindo aquela dor aguda.

-Obrigada, você não sabe o quanto tive medo da sua reação, é como se tivesse tirando um peso enorme das costas. Você é como um irmão, não suportaria ter que me afastar  por você não apoiar meu namoro. Eu te amo e sua opinião é muito  importante  para mim.- Achei que não pudesse ficar mais destruido até ouvir aquelas palavras "como um irmão", e ainda "eu te amo", sempre quis ouvir, mas não nesse sentido.

- Eu também te amo.-foi a maior verdade que disse até agora, não nos separamos do abraço, tentei não demonstrar a dor que sentia, pelo visto funcionou.

Anoitecendo, fomos para casa. Tentei dormir, mas foi em vão. Peguei meu notebook e acabei dando de cara com o anúncio do acampamento, foi a oportunidade perfeita, o destino como prefiro chamar.

Flashback off:

Adormeci pensando em tudo isso, mas resolvi seguir em frente, se ela conseguiu eu ttambém tenho, pode ser dificil mas vou conseguir.

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Consegui escrever mais um capítulo, finalmente a inspiração apareceu...


𝐀𝐥𝐰𝐚𝐲𝐬 𝐓𝐨𝐠𝐞𝐭𝐡𝐞𝐫 (𝐑𝐈𝐍𝐈)Onde histórias criam vida. Descubra agora