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Comentários me deixam muito feliz, então não fiquem com vergonha ou medo de soltar o dedo, ok? Ok!

- Acorda, Louis. Bora! - Seu pai 
cutuca o corpo do garoto. - Tu não tem trabalho? Então, levanta e vai.

Trabalho novo. Louis levantou com um pulo e seu pai até se assustou que o menino não ficou enrolando. Assim que ele percebe seu quarto todo escuro ele vai até a janela e olha lá fora, vendo o céu ainda escuro.

- Ah, ele não disse um horário pra eu chegar lá. Da pra dormir mais uma horinha - E assim ele se joga na cama de novo.

- Tá, é com você mesmo - Seu pai bufa e sai do quarto.

Louis acorda com um sol batendo no seu rosto e olha pro pequeno relógio que marcava oito da manhã. Ele se assustou, pois a esse horário ele já estava a muito tempo carregando cocô. Mas aí lembrou que não estava mais trabalhando pro seu pai, e que seu novo chefe não disse nenhum horário, então ele poderia chegar um pouco mais tarde.

Ele pegou sua calça preta surrada de sempre e uma regata branca, que estava realmente branca e não manchada de cocô. Dessa vez o pão já estava na mesa, então ele só preparou um, tomou um rápido gole de chá e saiu de casa com o pão na mão.

Durante o caminho alguns trabalhadores das fazendas vizinhas o davam bom dia, e ele se permitiu responder com um pequeno sorriso de canto. Digamos que ele estava com um humor até que aceitável por ter dormindo um pouco mais que o normal, e por não estar no meio dos cocôs fedorento daqueles animais da fazenda de seu pai.

Chegando na fazenda, a qual trabalharia a partir de agora, ele vê uma grande casa a frente. Atrás da casa se vê longas cercas brancas cercando uma grande área, que Louis imaginou ser a das plantações.

Ali não era necessário cercas pra proteger as casas, até porque além de qualquer um poder pula-las, ali também não havia maldade alguma das pessoas. Então só era necessário cerca ao redor das suas plantações ou  dos estábulos, pra evitar que pessoas ou até mesmo algum animal entre naquela área, principalmente nas plantações.

Ao invés de bater na porta da casa, Louis seguiu para os fundos, pulando a cerca e avistando um homem agachado de costas alisando uma pequena melancia. O homem, que Louis só podia imaginar ser o tal Harold, usava uma calça tom bege, uma camisa xadrez de botão vermelha e preta, galochas brancas nos pés e um chapéu de palha na  cabeça.

Assim que Louis pula e seus pés fazem um barulho contra o chão, o homem se vira com uma expressão assustada, mas logo abre um sorriso.

- Hey, bom dia! - Ele diz, se aproximando de Louis e estendendo a mão. Eles fazem um breve aperto de mão.

- Bom dia.

- Não acha que tá muito tarde pra chegar? - O homem questiona, cruzando os braços a frente do peito.

- Não?! - Louis responde óbvio. - Você não disse horário nenhum, então eu acho que não estaria errado se chegasse aqui uma hora da tarde, não?

- É... Bem pensando - Harold nega com a cabeça. E então ele olha Louis de cima abaixo. - Sem galocha? Luva?

- Eu deveria ter?

- Primeiro de tudo - O homem bufa. - Sou o Harry, e você é?

- Ah, oi, Harry - Louis responde. - Sou o Louis.

- Oi, Louis. Vem comigo, vou te emprestar galochas e luvas.

Então Harry saiu andando pela grama incrivelmente verde até uma pequena casinha e Louis apenas o seguiu quieto e observando a plantação. Ele ficou maravilhado com as melancias que haviam ali. Havia uma outra plantaçao bem mais ao lado, mas Louis não conseguia reconhecer o que havia nas árvores medianas e repletas de folhas verdes. É, plantação de cenoura não era.

No Control (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora