Aline
Após minha sessão de nostalgia por alguém que jamais poderei ter, entrei no banheiro para um
banho, me vesti com uma saia de cintura alta preta, e uma camisa branca. Sai do quarto e fui à
cozinha procurar algo para comer. Preparei algo rápido, pão com pasta de amendoim, e comi,
acompanhado de um copo de leite. Voltei para o quarto e escovei os dentes, preparei minha mini
bolsa com camisinhas, gel, e coisas para higiene pessoal. Esse seria o último. Minha mãe me deu o
endereço do hotel sem falar nada. Calcei os saltos e saí de casa, entrando no táxi e entregando ao
taxista o papel para chegar ao bendito hotel. Dez minutos mais tarde eu estava na porta da suíte do
Hotel Plaza. Dei as costas para a porta da suíte, pensando seriamente em desistir, mas o que eu diria
para minha mãe quando chegasse a casa?
Ok, eu tinha que ser forte, esse seria o último. Bati na porta e ela se abriu quase que
imediatamente. Era um homem de cerca de 50 anos, cabelos grisalhos e olhos incrivelmente azuis,
iguais aos meus.- Boa tarde. - Cumprimentei-o.
- Boa tarde senhorita, queira entrar, por favor.
- Ele falou sorrindo e entrei. - Gostaria de algo
para beber?- Não, obrigada. - Respondi quase que imediatamente.
- Tudo bem.
- Então vamos ser bem diretos. O que faremos? Digo, o que deseja fazer?
- Falei rapidamente,
enquanto ele me olhava.- Não faremos nada. Só quero conversar.
- Poderia ter ido a um psicólogo se só queria conversar.
- A sessão com um psicólogo é muito mais cara que uma ou duas horas com você, e você é muito
linda, então tenho duas grandes razões para preferir você, a um psicólogo.- Entendo.
- Sente-se. - Ele sorriu apontando uma poltrona. Andei até lá e sentei-me.
- Quantos anos tem
Deina?- Você não viu no site?
- Oh! Desculpe-me, não vi.
- Tenho 24 anos.
- Que bom. - Ele sorriu.
- Sei que pode parecer incomum um homem da minha idade contratar
uma acompanhante, mas eu precisava conversar, e minha mulher não seria a melhor pessoa. Então,
por que não uma acompanhante com quem posso compartilhar meus problemas?- Entendo. - Falei com meio sorriso. Ok! Ele não queria sexo, menos mal, mas agora ficar
ouvindo as baboseiras de um velho era demais né!- Desculpe a pergunta, mas quantos anos tem?
- Tenho 48 anos Deina. Sou velho o bastante para ser seu pai.
- Eu não tenho pai.
- Falei curta e grossa.
- Não? Ele morreu?
- Nunca o conheci. Então simplesmente para mim ele não existe.
- Interessante. Conheço sua mãe há alguns anos, mas jamais saí com ela.
- Legal. - falei sem graça, por ele tocar nesse assunto.
- Mas então o que gostaria de conversar,
sobre o quê? Sabe que não temos muito tempo, certo?- Não me importo com o tempo, e posso pagar quanto você pedir. Independente do valor.
- Oh! Ok. - Apenas sorri.
- Então, como estava dizendo, conheci sua mãe há anos atrás, ou melhor, meu irmão conheceu. E
eles tiveram um pequeno caso. Eu liguei mais cedo para falar diretamente com você antes de marcar
um encontro, mas sua mãe disse que você só sai de casa com o encontro marcado, por isso precisei
agendá-lo.
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Acompanhante de luxo
RomanceAline Tores cresce vendo sua mãe Amalia Tores se prostituindo para dar tudo de bom e do melhor para ela crescer em um ambiente em que não lhe faltasse nada, até ela crescer e sua mãe decidir que ela deveria virar uma acompanha de luxo.