Capítulo Dezesseis

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O homem moreno disse um palavrão ao observar Jimin na tela da televisão, dando uma rápida declaração aos repórteres ávidos na porta de seu edifício. Não era de se surpreender que as autoridades estivessem considerando o incêndio como um lamentável acidente. Afinal de contas, uma tentativa de assassinato iria criar um incidente de proporções nacionais, algo que os governantes queriam evitar a todo o custo. As investigações iriam ser feitas por baixo do pano.

Ao observar Jimin e o homem de terno atrás dele, o sujeito moreno amaldiçoou-se por não ter percebido desde o princípio que aquele fulano seria uma grande pedra em seus sapatos.

Desligando a televisão, o moreno jurou que, depois de Jimin, o tal de Jungkook iria ser o próximo a morrer.

Sim.

Matá-lo ia ser um grande prazer.

◾◾◾


— Enfim, sós! — Exclamou um exausto Jimin dando um suspiro de alívio, ao voltar para o quarto depois do almoço. — Eu adoro a minha família, adoro de todo o coração, mas é um pouco cansativo ter todos eles à minha volta, observando e vigiando todos os meus passos.

Jungkook sorriu, compreensivo.

— Posso imaginar.

— Sabe de uma coisa? Quase morri de susto quando meu Seokjin anunciou que ia me acompanhar nos próximos eventos. Graças a Deus que você conseguiu fazê-lo mudar de ideia e o convenceu a se focar em Jihoon.

— Eu só deixei claro que sua presença em todos os eventos poderia dificultar o meu trabalho.

— Você é um grande agente. Não é todo mundo que consegue tirar algo da cabeça dura de Seokjin. Como pode perceber, ele não é o homem mais fácil do mundo.

— É que ele adora você, Jimin. Assim como seus cunhados e irmãos. Acho que nunca conheci uma família tão unida, em toda minha vida. Eles estão muito preocupados com a sua segurança e de Jihoon.

Jimin tirou seus sapatos e jogou-se em sua cama.

— Não comece com esse assunto de novo. Não adianta, Jungkook. Você não vai me fazer mudar de ideia. Pretendo continuar com minha agenda conforme o planejado e ponto final!

Jungkook afrouxou a gravata que usava e se aproximou de Jimin.

— Quer dizer que não vou conseguir colocar um pouco de bom senso em sua linda cabecinha?

— Não.

— Bem que eu já estava desconfiado. — Ele sentou-se a seu lado. — Gostei da sua família. Pensei que fosse achá-los um tanto frios e esnobes, mas vi que estava completamente enganado. Eles são todos normais e divertidos.

Jimin caiu na risada.

— Mas é claro que são, seu bobo. — Ele deu um sorriso irônico. — Só que nunca fale isso na frente de Namjoon.

Ele deu um sorriso.

— Você é um homem maravilhoso, Jimin. Maravilhoso e fantástico.

Jimin deu um longo suspiro, seu rosto tornando-se sério de súbito.

— Jungkook?

— O que foi?

— Eu estou com medo.

Ele o abraçou.

— É natural. Algum maluco está tentando matá-lo.

Jimin balançou a cabeça.

O Guarda CostaOnde histórias criam vida. Descubra agora