Capítulo Vinte e Um

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No dia seguinte, Jimin estava sozinho em sua suíte do hotel, arrumando suas malas a fim de voltar para Seul, quando alguém bateu na porta.

— Entre!

Segundos depois, seu coração disparava e era como se o ar lhe faltasse.

— Jungkookie.

Não o via desde a noite passada, quando a polícia e os agentes do F.B.I. haviam lhe feito perguntas, depois do terrível incidente na casa de Seunghyun. Jungkook parecia tão sem graça quanto ele. Até mais, se aquilo fosse possível.

— Oi. Dei uma passada por aqui, para ver se sua bagagem já está pronta.

— Meus staffs podiam ter feito isso.

Jungkook deu um sorriso irônico.

— Como você tão bem deixou claro três semanas atrás, carregar suas malas para cima e para baixo faz parte do meu trabalho. E eu faço questão absoluta de cumprir minhas tarefas até o último instante.

Jimin forçou um sorriso.

— Já estou quase acabando. Incomoda-se de esperar um momento?

— Claro que não. — Ele sentou-se na beirada da cama, onde havia camisas caras e sofisticadas, a maioria dos quais podia reconhecer. — Recebi um telefonema de há uma hora.

Jimin arregalou os olhos.

— É mesmo?

— Falei com seu irmão Seokjin, já foi tudo esclarecido. — Jungkook fez uma pausa. — Os agentes que estavam cuidando do caso em Seul foram até o apartamento de Seunghyun e encontraram um santuário cheios de fotos, roupas e até mesmo toalhas que provavelmente você utilizou em algum momento. Ele era obcecado por tudo que diz respeito a você, esse cara é um perseguidor.

Jimin ficou branco como um fantasma.

— Meu Deus!

— O outro que estava com ele Jongsuk. Parece que já confessou que tudo foi um plano de Seunghyun e que ele só queria sua atenção.

Jimin balançou a cabeça não acreditando como tudo isso pode acontecer, ele estava arrasado, a culpa o golpeava cada vez mais forte, ele não podia acreditar no quanto colocou seu filho em risco confiando tanto em uma pessoa como Seunghyun. Jimin apanhou a camisa preta de Jungkook e guardou-a na mala. Jungkook sentiu um friozinho na barriga ao vê-lo fazer isso. Tal peça lhe trazia muitas lembranças, lembranças que ele preferia esquecer.

— Deus do Céu, Jungkook, ele foi meu manager desde que eu estreei, e agora está preso como se fosse um criminoso qualquer!

— Ele é um criminoso, Jimin. Ele tentou matá-lo, já se esqueceu?

Jimin passou a mão pelos cabelos.

— Ele esteve com meu filho tantas vezes. Eu confiava nele será que não entende?

— Não, não entendo. — Jungkook suspirou, ele não queria discutir com Jimin nesse momento. — O importante é que o perigo acabou. E você poderá continuar vivendo sua vida em paz.

"Que vida?", ele pensou. "Sem você a meu lado, Jungkook, não haverá mais vida. Nem felicidade. Nem nada."

— Quanta tragédia, não é? — Jimin deu um suspiro. — Tanto sofrimento, tantas vidas desperdiçadas...

— Também falei com Namjoon ele está aliviado, mas tive a impressão de que se sente um pouco culpado com tudo isso que aconteceu.

Jimin respirou fundo.

O Guarda CostaOnde histórias criam vida. Descubra agora