Chapter II - Battle Cry

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Tinha passado 1 semana desde o desaparecimento do Dean e o Sam estava cada vez mais desesperado. Tinha procurado em todo o lado, tentado todo o tipo de feitiço de rastreamento que conseguia pensar e nada resultava. O próprio Cas estava instável.

"Alguma coisa?" Estavam a falar por telemóvel. O cas tinha seguido uma pista até Montana, dois dias atrás.

"Não nada. Quando cheguei aqui, já eles aqui não estavam." O Sam soltou um suspiro do outro lado da linha. "Quero encontrá-lo tanto como tu, Sam. Só precisamos de ter calma."

"Uma semana, Cas! Já passei à muito tempo do estado de calma... "

E desligou o telemóvel. Estava completamente sozinho no bunker e sentia um vazio. Aquele lugar parecia-lhe agora vazio, escuro. Ele precisava de ter o seu irmão de volta.

[Dean]

Continuei a rasgar as cordas que me prendiam com o meu canivete. Já tivera sido apanhado a fazer isso duas vezes, mas não sou de desistir facilmente. O grupo de rebeldes todos os dias aumentava, conseguia perceber isso pelo número de vozes que ia ouvindo chegar ao armazém onde estava. E, de certa forma, eu parecia ser a atração principal.

Tinha saudades do Sam. E tinha saudades do Cas... Tinha passado os últimos dias a pensar nele e isso deixava-me confuso. Porque é que, de tantas coisas em que podia pensar, tinha que pensar logo nele?

Vi-me solto das cordas e segui para uma porta lateral. Entrei num corredor escuro e longo. Sentia-me cansado. Mal tinha sido alimentado nos últimos dias e ainda estava com o corpo todo dorido da luta com os anjos.

Tinha que arranjar uma maneira de sair dali ou de pelo menos conseguir avisar o Sam e o Cas de onde estava. 'Ah porque é que ne tiraram o telemóvel?' pensava enquanto cambaleava pelo corredor. Ouvi passos e escondi-me atrás de uns barris empilhados ao pé de uma das paredes. 'Mas onde raio é que eu estou?' Um grupo de anjos passou por mim, não me vendo. A custo comecei a correr o mais silenciosamente possível, até encontrar um sina luminoso a dizer EXIT. 'Yatzee' Abri a porta e os olhos doeram-me com a diferença de luminosidade do interior para o exterior.

"Filho da... " Não conseguia acreditar no que via. Parecia estar no meio de um deserto. Olhei à volta, à procura de civilização que não fosse hostil.

"Gostas?" Ouvi uma voz atrás de mim, era Baruc. "Quentinho e tal. Pensei que fosse do teu género, dizem que o Inferno é um deserto de desespero e bem, quem melhor que tu para o confirmar?"

"Onde estou?" A minha pergunta saiu-me mais amedrontada do que eu queria. "Onde está o Cas?"

"A tua localização não é o mais importante aqui. A isca não faz perguntas." Nesse mesmo momento mais dois anjos apareceram.

"Estás a fazer isto tudo para quê? Uma revoluçãozinha sem interesse?" Perguntei enquanto era agarrado pelos braços. "Tenho uma novidade para ti, amigo, isto não vai acabar bem... Para ti e os teus minions!"

Ele riu-se e fui arrastado novamente para dentro do armazém.

[A/N]

Cas estava agora no bunker com o Winchester mais novo. Estavam os dois sentados numa mesa.

"Precisamos de o encontrar, Cas. Rápido." O Sam olhava cabisbaixo para as suas mãos.

O anjo suspirou, com os olhos fechados.

"Tenho saudades dele." Ouviu-se o Cas dizer quase numa oração só para ele. O Sam levantou a cabeça meio surpreso com o que o Cas tinha acabado de dizer.

Não por ele ter dito o que disse mas sim pelo facto de o ter dito finalmente em voz alta.

"Eu sei."

[Cas]

Não era suposto ter dito aquilo em voz alta. Nem sei porque disse, apenas estava a pensar nele e aquilo saiu-me antes de eu dar conta. Mas era verdade. Eu tinha saudades dele. E eu queria encontrá-lo. Fui eu que causei isto tudo, que o coloquei em perigo, então tinha que ser eu a salvá-lo. E era isso que eu iria fazer.

Levantei-me. O Sam seguiu-me com o olhar.

"Onde vais?"

"Espalhar a palavra. Algum anjo deve saber onde Baruc está, tenho que fazer mais pressão."

[A/N]

"Tens a certeza que é aqui?" O Sam olhou para Cas confuso. "Isto parece-me... Meio... Nós estamos sequer nos EUA?"

"Estamos perto da fronteira com o México. E sim, tenho certeza." Disse gravemente.

Caminharam durante alguns minutos até verem ao longe um grande armazém de mau aspeto. Depressa lá chegaram.

Cas entrou pela porta e caminhou pronto a atacar qualquer um que se atravessasse à sua frente. Ouvia-se barulho de uma das salas, parecia que estavam a bater em algo. Castiel sentiu um nó na garganta quando considerou que poderia ser o Dean. Pela cara do Sam, também ele pensava o mesmo.

Coordenados entraram na sala e o receio tornou-se realidade. Numa cadeira estava o Dean amarrado e um anjo que lhe atacava constantemente a cara. Ele já sangrava e tinha alguns golpes fundos.

O anjo logo se virou para os intrusos e seguiu para os atacar mas rapidamente foi neutralizado.

A respiração do Dean estava pesada e descoordenada.

"Hey, Dean. Aguenta-te." Sam começou a desapertar-lhe as cordas e a ajudá-lo a levantar-se. "Estamos aqui"

O Cas permaneceu em pé com uma expressão indescritível na cara. De repente sai pela porta fora segue pelo corredor fora à procura de Baruc.

"Cas!" Chamou o Sam preocupado. Tinha o irmão nos seus braços em mau estado. "Ok, temos que sair daqui, Dean. Consegues andar?" O seu irmão acenou que sim e foram para o corredor, caminhando o mais rápido possível antes que alguém os encontrasse. Estavam a chegar à saída quando o corredor iluminou-se de uma luz branca. Viraram-se e viram Cas a apunhalar um anjo nas costas, juntando-se depois aos irmãos.

"Ele não está aqui." Informou. "Temos que ir."

Sam sentou o Dean numa cadeira e foi a correr buscar um kit de primeiros socorros. Sentou-se à frente dele e começou a limpar-lhe as feridas com um pano húmido. Ouviu-se um gemido de dor por parte do Winchester mais velho.

O Cas tinha-os levado para o bunker, mas logo desapareceu sem avisar acabando por não curar o Dean.

"Aguenta-te, Dean." O Sam pediu, continuando a limpar as feridas do Dean.

Só recebeu um resmungo do Dean como resposta.

Ele recebeu pontos, tinha um corte fundo na testa e no queixo que precisavam de atenção. Para além disso tinha um olho negro e uma ou outra nódoa negra na cara e pescoço - pelo menos das que eram possíveis ver-se com ele vestido. Por mais posições ele colocasse a cabeça, o nariz não queria parar de sangrar.

"Pronto. Não estás assim tão mal..." O Sam tentou brincar no fim de tratar do irmão.

O Dean mando-lhe um olhar, "Cala-te. Onde está o Cas?" perguntou, tapando o nariz para parar o sangramento.

"Não sei... Ele simplesmente evaporou-se mal chegou aqui."

"Hmm... "

'Til My Last Breath [Destiel]Onde histórias criam vida. Descubra agora