ECHOES NOCTERIS- eddie munson

37.★ HEART BUTTONS(𝟏𝟖+)★

CAPÍTULO 37|  botões de coração

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Turn to Stone- ELO

Antes que Eddie pegue a jaqueta e saia em busca de Lily, seu celular vibra. A tela brilha com o nome de Antonella, e ao atender, uma onda de alívio invade seu peito ao ouvir a voz dela:

"Ei, estou com a ruiva." Os nervos se acalmam um pouco, mas a ansiedade persiste. Ele precisa trazê-la para casa, entender por que ela passou a noite bebendo e desaparecendo.

Com pressa, Eddie veste um moletom do ELO, sua antiga banda de conforto, deslizando a peça pelo pescoço com um movimento rápido. Termina de vestir as calças, e depois corre até a van estacionada lá fora.

A madrugada ainda é densa, e os primeiros raios de sol ainda não se atreveram a surgir. No interior do veículo, ele abre o porta-luvas, checando os documentos, ciente de que pode precisar deles se for parado por dirigir acima da velocidade ideal.

Ele gira a chave da ignição, e o motor da van ronca como um trator num dia quente de verão. As pernas inquietas refletem a ansiedade que o consome.

Não se dá ao trabalho de ligar o som com sua playlist variada; não há ânimo para isso.

A van é manobrada com firmeza, ignorando as reclamações dos vizinhos sobre o barulho. Dirigindo, as ruas passam velozmente pelo retrovisor enquanto se concentra em cada curva, em cada frenagem.

Logo, ele chega à rua da mãe, mas um vizinho o interrompe. No entanto, Eddie não tem tempo para conversa; tudo que deseja é ver como está Lily.

Sabe que ela não pode beber, caso contrário passará mal, e a pergunta que o consome é: o que a teria levado a ultrapassar seus limites bebendo como uma maluca?

A preocupação pela saúde dela se mistura a uma confusão profunda sobre o que está acontecendo entre os dois, por que tantos atritos pessoais.

Ao chegar a casa da mãe, Antonella o aguarda, e Eddie entra apressado, atravessando a sala com a respiração ofegante, ignorando o olhar preocupado da irmã, que parece cheia de perguntas não ditas.

"Como você a encontrou, Nel?" Sua voz tremula, a urgência permeia cada célula de seu corpo.

"Ela disse que passou a noite com um amigo no Hideout. Não acreditei, Eddie. Você sabe que Lily não é de beber assim. O que está acontecendo?" A preocupação da irmã é vista por Eddie.

"Nem eu sei..." Eddie suspira fundo, a frustração e a dor se misturando dentro dele enquanto se dirige até Lily, adormecida no sofá, esparramada como um anjo caído.

"Você deve ter dito coisas terríveis. Ela sabe que não pode beber e, mesmo assim, passou dos limites, Eddie." A voz de Antonella é firme, mas Eddie não a escuta.

"Shh.. não se mete no meu relacionamento, maninha. Agradeço a preocupação, mas isso é sobre eu e Ayla." Ele pede, a paciência se esgotando, enquanto passa as mãos pelas mechas ruivas de Lily.

O rosto da garota está avermelhado pela quantidade de álcool que ingeriu, e isso o faz sentir uma pontada de dor no peito.

"Vai levar ela de van? Não seria melhor deixá-la aqui em casa?" Antonella se intromete, o nervosismo evidente em sua voz.

"Não, acho que é melhor Lily ir comigo. Eu cuido dela. Se tiver algo importante, deixo para fazer mais tarde. Nada importa mais agora, quero cuidar da minha namorada. Da minha mulher." Responde ele, firme, disposto  a cuidar da amada, nem que isso lhe custe a paz.