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capítulo 15: Mahina

Lauren chegou em casa às seis da tarde, ela passou o resto do dia com Camila. As duas estudaram tanto que Lauren podia dizer quê agora já conseguia uma nota boa, as aulas de Camila estavam realmente fazendo efeito em Lauren. Mas elas não só estudaram, quando Sofia chegou, a pequena chamou a irmã e lauren para assistirem um desenho no seu quarto, Lauren gostou tanto que mal podia explicar. Havia tanto tempo que não fazia isso.

  — por onde esteve? — Taylor perguntou assim que Lauren fechou a porta.

  — na casa de uma amiga.

  — você deveria ter avisado, Lauren! Mamãe ficou preocupada.

Lauren soltou uma risada carregada de deboche e então caminhou até sua irmã mais nova, ela parou ao lado de Taylor e olhou para ela de canto de olho.

  — não diga algo que você sabe que não é verdade, eu já estou acostumada.

Lauren estava quase chorando, ela sentia uma angústia preeencher seu peito. Nunca se sentiu tão sem importância quanto nos últimos meses, Taylor sabia da dor da irmã por vezes ela desistiu de tentar conversar com ela sobre o quê aconteceu.

  — você não teve culpa do quê aconteceu. — Taylor comentou sentindo que a qualquer momento ela iria desmoronar, ela era tão jovem e vinha segurando praticamente toda a família nas costas desde que o irmão mais velho foi para a universidade na primeira oportunidade que teve, apenas para fugir de toda a dor que tinha por ali.

  — ela já me convenceu do contrário, Taylor.

Lauren subiu as escadas tão rápido quanto as lágrimas começaram a descer, ela não se importava mais em segurar o choro, ninguém mais poderia ver ela desabar.

A mochila de Lauren foi arremessada para o canto com tanta força que Taylor conseguiu ouvir do andar de baixo, ela fechou os olhos com força e tentou não chorar mais do que já estava. Lauren fechou os olhos com tanto força tentando não ter nenhuma lembrança que sentiu seus olhos arderem. Não adiantou logo ela já estava chorando compulsivamente em cima da cama.

  O homem estava com uma enorme mangueira mas mãos enquanto tirava a espuma do carro, sua filha chegou receosa com o que queria dizer, mas assim que a viu ele a abraçou forte, mesmo estando molhado.

   — está calada, normalmente estaria falando pelos cotovelos enquanto eu dizia que você não poderia ir na casa da Normani por que temos um jantar importante hoje a noite. — o homem comentou enquanto ria.

  — eu tenho um assunto sério para falar com o senhor, eu venho pensando em como lhe falar isso a semanas e ainda não sei como falar.

  — eu estou ficando preocupado, querida. É algo ruim?

  — não, não no meu ponto de vista.

  — então tudo bem. Pode falar.

O homem desligou a água e colocou suas mãos nos ombros da filha, ele sorriu tão tranquilamente que deu liberdade para lauren falar o que realmente queria a meses, talvez anos.

  — eu gosto de garotas. — lauren falou tão rápido que seu pai quase não entendeu o que ela disse.

  — disse que gosta de garotas? — ele perguntou e ela concordou sentindo seus olhos encherem de lágrimas. — oh, meu amor, não chora. isso não é uma coisa ruim, como você mesma disse. Eu te amo e nada no mundo vai mudar o que eu sinto por você, minha filha.

Lauren começou a chorar, mas dessa vez de alegria. Ela temia que o homem que ela tanto admirasse não a olhasse da mesma forma como antes, sentia seu peito se animar quando o pai pediu ajuda com o carro.