Prologo

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Nunca ninguém pensou que fosse real, porém começou mesmo a acontecer. Relatórios escondidos dentro da polícia foram o início, pensaram que fosse o melhor para o mundo ninguém saber, permanecer em segredo as mudanças que o mundo estava a sofrer, ou pelo menos algumas pessoas nele. Não durou muito essa fase, depois de alguns meses o público já sabia e todos os dias, quer de manhã quer à noite, quer no carro ou em casa, onde quer que estivessem, ouvi-se nas notícias dos vigilantes das noites. Fotos, vídeos, relatos do que acontecia à noite, era isso que muitas pessoas queriam poder ter, poder presenciar os ataques que ocorriam, as batalhas, a verdade por detrás das noites escuras das cidades, vilas, e aldeias. Por muito tempo foi assim, os países onde acontecia começaram a pressionar a polícia ou o exército para terem mais informações sobre o que acontecia nas suas cidades depois do sol se pôr a ser a lua e as estrelas a estarem no céu. Eram países ricos, conhecidos, poderosos. Na Europa, Ásia, América. Países como França, Itália, Inglaterra, Alemanha, Rússia, China, Japão, Estados Unidos, Brasil, México. Cada governo tinha os seus métodos, mas nenhum tinha muito sucesso. 

O ser humano sempre foi conhecido por querer matar, prender e reprimir aquilo que não compreendia, não por falta de métodos, mas por medo do desconhecido, por medo de não o conseguirem compreender e não o quererem fazer. Esse medo atingiu todos esses países, desde os primeiros até aos últimos, não só nos governos, mas no coração das pessoas que lá viviam. Durante algum tempo, até existiram pessoas que não se atreviam a sair à noite, outras pelo contrário até saiam à procura de respostas podendo ou não encontrá-las. Mas o ser humano nunca mudou, desde sempre que foi egoísta sempre a pensar em dinheiro e em poder, sempre a pensar que era melhor do que os outros por fazer certas coisas, falá-las ou por ter mais ou menos que os outros. E com isso, mesmo com o que acontecia, ainda existia crimes a passarem pelas ruas escuras das cidades, roubos, assédios, até mesmo mortes, tudo isso ia sendo ignorado pela polícia que apenas queria apanhar os vigilantes, que faziam o seu trabalho apanhando os "mauzões" pelas autoridades que o deviam fazer. Durante anos isto aconteceu, dois mais precisamente, até que um dia parou. Parou não porque as autoridades conseguiram, mas porque, num assalto nos Estados Unidos, num dos maiores bancos do mundo, esses vigilantes finalmente apareceram à luz, não se importando com o que as pessoas iriam pensar ou fazer em relação a eles, eles apenas queriam proteger os reféns e levar à justiça os assaltantes. Impediram até que uma bomba explodisse e matasse todos os presentes no raio de um quarteirão, mas em vez de agradecimentos, eles foram julgados, perseguidos, caçados como animais por simplesmente terem salvo essas pessoas com habilidades nunca antes vistas, habilidades essas que as pessoas pensavam não existir senão nos livros e filmes, na sua imaginação. 

A partir desse dia, aos poucos, os vigilantes foram saindo das sombras mostrando o que conseguiam fazer ao mundo, salvando as pessoas mesmo sendo julgados por elas. Com isso a sociedade dividiu-se em dois grandes grupos, aqueles que os admiravam e aqueles que os queriam longe, eram apenas uma dúzia de pessoas com máscaras que tinham habilidades que os fazia especiais, nada de mais. Mas nem tudo é o que parece, e aquilo estava longe de ser a verdade por detrás do futuro.

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