999:Entre mil abrigos

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A poesia é o que resta para um coração solitário
Entre mil abrigos não encontrei um que me acolhesse de verdade
Eu ando entre a escuridão de um abismo
Flutuando sobre nuvens negras de tempestades
De esperança até a morte fica ansiosa
Nunca imaginei que pudesse ir tão longe
Eu me esquivei de caminhos errados
Tentei aproveitar a vida da melhor forma possível
Atravessei versos e trechos de poesia
Tentei sobreviver apenas com meus desejos
Mas no final quem paga a conta é a alma
Eu nunca achei que fosse chegar ao fundo do poço
Nunca desejei tanto ter asas como agora
E poder voar sobre nuvens de algodão doce
Mas é frio e escuro aqui dentro
Eu não consigo respirar nem tentando
Esse não é o abrigo que eu esperava
Mas quem se importa com alguém como eu?
Vazio, frio e solitário
Se eu pudesse voltar no tempo não me sentiria tão só
A culpa é minha por fugir dos meus sentimemtos
Entre mil abrigos eu ainda me sinto sozinho.

Adriano Rodriguez Jr.

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