── Flor e o beija flor.

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Mariana Gonzalez.

Manoela, por favor, não vá, eu te amo, e sei que você também me ama, não jogue 2 anos de namoro no lixo, por favor, não me deixa, não faça como os outros. Eu sei que não somos o casal mais perfeito, e também sei que não é a vida que você sempre sonhou, mas, estamos felizes, estávamos pelo menos, o que mudou? Me explica pelo amor de Deus! Digo praticamente implorando, mas Manu pareceu não se importar muito com esse fato, no entanto, ela estava chorando, sem nenhuma vergonha, ela não controlava as lágrimas que caíam volumosamente pela sua face, que mais parecia um anjo de tão perfeita, e eu não estava diferente, já fazia algumas horas que estávamos nessa discussão intensamente desgastante, fazia algumas horas que ela estava arrumando suas malas para partir, enquanto eu pedia, ou melhor, suplicava para que ela não o fizesse. Você não pode fazer isso, você sabe que vamos superar isso juntas, que vamos nos acertar, sempre foi assim, não foi? Por que está fazendo isso agora?

Mariana, você sabe que eu te amo, nunca escondi isso de você, nunca neguei que te amo, nunca, porém, não dá mais, eu não consigo mais, eu de verdade espero que um dia você me entenda e me perdoe, sei que agora vai doer, e eu sei que tô sendo muito filha da puta por fazer isso com você, e mesmo que você não entenda isso agora, eu quero que saiba que é necessário! Ela diz, e eu nego freneticamente com a cabeça, como assim era necessário? Isso não tinha desculpa, ela põe as mãos em meu ombro, e me puxa para um abraço, um abraço apertado, um abraço quente, confortante, o abraço do qual eu sabia que ia ser o último.

Manu, por favor, não faça isso, não termine o que temos, não por algo que podemos resolver, na verdade, eu nem sei exatamente o porque disso, vamos sentar, conversar, tentar resolver? Pergunto, e a vejo negar com a cabeça, eu conhecia Manu suficientemente bem, para saber que quando ela tomava uma decisão, raramente ela voltava atrás. Então, solto um suspiro derrotado, e simplismente a deixo ir, mas, não iria me despedir, não iria dizer adeus, não iria abraça-lá, beija-lá, ou fazer qualquer coisa com ela, não pela última vez. Te amo! É a única coisa que consigo dizer antes de sair dali, não queria vê-lá ir embora, não queria ver a mulher que eu escolhi ter uma vida, partir. Não estava pronta para isso.

Também te amo, amor.... Foi a última coisa que eu ouvi da mulher da minha vida.

End.

Acordo assustada, e mais uma vez eu havia sonhado com a partida de Manoela, fazia um pouco mais de 3 anos que ela havia partido, mas mesmo assim, quase toda noite eu sonhava com esse maldito dia, eu pensei que depois de tudo que aconteceu, eu conseguiria superar, mesmo que não totalmente, a ausência, a partida de Manoela, mas, isso nunca aconteceu, sempre vinha uma ou duas lembranças dela para me atormentar, eu segui em frente, tentei viver minha vida sem pensar nela, mas, eu simplesmente não conseguia, em algum momento da minha vida, tinha que ter uma lembrança dela em minha mente, nada que eu fiz para esquece-lá, realmente adiantou.

Amar é deixar ir.....>RiNu<Onde histórias criam vida. Descubra agora