Olá, lindezas!

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Há três anos, nessa mesma época, eu começava a escrever "Meu Passado Roubado", o rascunho que se tornou Dilacerada. Sem nenhuma pretensão de venda ou sequer publicação, criei a história da Vivian para mim.

Escrever um livro era um sonho, lembro de falar sobre isso durante a faculdade de Psicologia e uma professora me perguntar: "mas quer escrever livro teórico ou literário?". Sem pensar duas vezes, respondi, na lata: "um romance". Eu queria inventar, criar um mundo capaz de transportar os leitores para um cenário fruto da minha imaginação.

Sonhadora. Estava muito longe da minha realidade. Para mim, escritores eram ídolos. São ídolos. Desde Maurício de Sousa, Ziraldo, Maria José Dupré, Ana Maria Machado, entre tantos outros autores que me proporcionaram horas e mais horas de divertimento na infância. Na pré-adolescência li Romeu e Julieta, apaixonada pela trágica história de amor (e, claro, pelo rostinho bonito do Leonardo di Caprio), somente o filme não era o suficiente. Dele, parti para outros até chegar em Sidney Sheldon e bater cartão na biblioteca municipal da minha cidade semanalmente, pegando sempre dois livros (era o máximo permitido).

Não demorou para que eu chegasse em Marion Zimmer Bradley, aos 14, e chorar pela primeira vez ao ser devastada por uma cena dramática. Aquela machadada doeu no fundo do meu peito. Chorei litros com a Morgana. Foi mágico.

Eu queria repetir aquela sensação.

Um pouco depois, li O Diário de Bridget Jones (ainda não existia o filme) e fui introduzida aos romances contemporâneos. Foi amor à primeira página. A forma como a autora mesclava os fracassos da protagonista (uma mulher extremamente real) com as situações cômicas que ela vivia, permeada pelo drama, me conquistou de imediato.

Eu queria poder fazer aquilo, sabe? Transportar pessoas para uma realidade paralela onde pudessem se identificar com a história e, talvez, conseguir emocionar leitores com palavras. Mas era um sonho, eu não tinha nem saído do Ensino Médio!

Não sou como aquelas autoras que guardam cadernos e mais cadernos com histórias que escreveram antes. Eu demorei. Precisei viver, e muito, para ter coragem de bolar uma trama. O problema é que eu não queria qualquer trama. Eu queria fazer como a Marion. Queria que meus escritos pudessem emocionar o leitor. Queria poder fazer mágica com as palavras. Queria lágrimas. Queria corações apertados. Queria raiva. Queria risada. Queria indignação. Queria paixão.

Eu queria ser capaz de fazer com que os leitores sentissem exatamente o que meus personagens viviam. E isso nunca deixou de ser um desafio. Desde a primeira palavra até o livro que estou escrevendo agora. Seja numa comédia romântica (Dako e cia. LDTA), num suspense (meus primeiros contos) ou romance que transborda drama... emoção é o que move a minha escrita.

Porque escrever por escrever não é para mim. Minha alma permeia cada frase dos meus textos.

Do fundo do meu coração, espero que minha motivação nunca mude e que cada história seja única.

Bem, chega de enrolação. Foi lindo, eu me abri e tal...

Mas, voltando ao que interessa, vim aqui falar sobre o Dilacerada.

Meu primeiro livro.

Lembra do meu sonho de "tocar" o leitor?

Sinto uma gratidão profunda a cada resenha e mensagem dizendo que "se tornou um dos livros favorito da vida", "ajudou a pensar em mim, em meus problemas pessoais", "ajudou a me entender melhor", "sofri com a Vivian, mas foi maravilhoso".

É... talvez eu tenha feito um bom trabalho. Mesmo que seja surreal, afinal, eu estava lá, na bienal de 2018, enfrentando uma fila gigantesca para pegar autógrafo de uma autora...🤭

Como agradecimento por tanto carinho, a partir da próxima semana vou disponibilizá-lo no Wattpad temporariamente, como degustação, para quem não teve a oportunidade de ler.

A capa mudou. O conteúdo não, até porque não tenho coragem de mexer nele. 

Àqueles que já leram, fiquem à vontade para acompanhar. Quem ainda não conhece a Vivian e a Val, sejam bem-vindos e boa leitura!❤️

DilaceradaOnde histórias criam vida. Descubra agora