O campeão.

5 0 0
                                    

 Agora estava no fim da tarde, quando coreano metido a ter segredos, Kwon, decidiu me mandar mensagem. "Estou bem, em casa. E mais uma vez obrigado.", Eu resolvi ignorar o quanto pude. Como era capaz um garoto como ele ser perseguido, e ainda ser tão desleixado ao apenas dar tchau e obrigado. Sem nenhuma explicação. Ou será que o mais idiota havia sido eu de recebê-lo.

 Alguns minutos depois resolvi responder. "Hmm" . Eu queria que ele respondesse, mas não sabia o certo o que queria saber. Então lá estava uma resposta, "Acho que está chateado por minha aparição repentina e por minha fuga sem ao menos explicações." . Sim você estava certo sobre isso. Mas era como se o mais idiota fosse se preocupar com isso e não com "Como você está agora?". Involuntariamente enviei a mensagem. APAGA, APAGA, APAGA! Agora era tarde, ele já havia lido.

 -Elfyn seu burraldo! -me xinguei cobrindo os olhos para não ver de primeira o que ele havia respondido.

 "Estou bem. Não pensei que fosse usar palavras, achei que ficaria apenas com Hmm ou Aham. Não está curioso?" . Aí que idiota, óbvio que estou. Mas resolvi dificultar um pouco. "Não, por que estaria? A não ser que você estivesse fugindo da gangue que quer pegar seu pai e descobriu onde você mora, então acharão mais fácil te pegar." . Rindo eu enviava a mensagem mais sem nexo que aquela hora eu poderia inventar. "Acertou." . Meus olhos quase pularam para fora do rosto. "Me desculpe, eu não sabia..." . "Tudo bem Efy, posso te chamar assim né? Q única coisa que me preocupa agora é em como te recompensar." . Aquele sorriso fora de controle nascia em meus lábios. "Pode sim. Kon. Vou chama-lo assim. Sobre a recompensa, digamos que eu adore sorvete, lasanha, cinema, morangos e uma boa volta pela cidade." . Eu não acredito que acabei de me atirar em um cara que é perseguido por uma gangue. "Certo. Hoje não seria legau, pois aquela gangue ainda está pela vizinhança. Mas amanhã, tudo bem?" .

 Vamos aos fatos. Ele é bonito? Sim, mas tem um pai fugitivo. Ele é gentil? Sim, mas está sendo perseguido por uma gangue, igual o próprio pai. Ele é meu tipo ideal? Na... Qual é meu tipo ideal? Nossa nunca pensei nisso. Mas pelos anos de adolescência que me resta, farei burrice. "Bem amanhã eu tenho aula até às 16:30. Primeiro escola, depois ballet. Se não se importa em me buscar em casa as 18:00 e de voltarmos em segurança as 22:30. Poderemos sair sim." . Tá que pode soar infantil, mas eu não discuto com minha mãe.

 Bloqueio a tela e volto meus olhos para o computador, de relance consegui ver sua resposta, "Ok, marcado. Se não se importar, leve minha camisa." . Meus olhos buscaram a tal camisa, e ela se encontrava amarrada em meu travesseiro. Quem sabe me trouxesse um sonho emocionante.

 Me arrebatando dos devaneios, Blenda atravessa a porta do meu quarto, quase a pondo a baixo:
 -Aaaa seu danadinho, como foi ontem ein? Conta tudo!

 Com um salto de meio metro, me sinto um gato ao levar um susto.

 -Meu Deus Blenda! Bata na porta quando tudo estiver tão silencioso. -falei pondo a mão no peito.

 -Ta, na próxima eu bato. Bato na sua testa, o que pensou que estava fazendo ein. Receber um cara desconhecido do nada? -ela disse sentando em minha cama, próximo de mim.

 Nem eu sabia. Na verdade, eu não havia dito sim a ele. Eu nem havia prestado atenção em que ele foi praticamente entrando e se sentindo em casa.

 -Não sei... Mas de toda forma ele precisava de ajuda.

 Blenda agora olhava de ponta a ponta no quarto. Sorrindo quase descontroladamente.

 - Entendi. Vocês dormiram no chão? Na cama? Juntos? Se pegaram?

 Meu olhar irritadiço a deixou mais sorridente ainda.

 -Não sua fujoshi louca. Dormimos no chão.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 27, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

A Gota De Mel.Onde histórias criam vida. Descubra agora