Dá-me as rosas

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Dá-me as rosas

No campo em que eu repousar

Solitária e tenebrosa

Eu vos peço para adornar

O meu jazigo com as rosas

As flores são formosas

Aos olhos de um poeta

Dentre todas são as rosas

A minha flor predileta

Se a afeiçoares aos versos inocentes

Que deixo escritos aqui

E quiseres ofertar-me um presente

Dá-me as rosas que pedi.

Agradeço-lhe com fervor

Desde já o meu obrigado

Se me levares esta flor

No dia dos finados.

Por Carolina Maria de Jesus. Poema retirado do seu livro Antologia Pessoal (Editora UFRJ, 1996)

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⏰ Última atualização: May 29, 2020 ⏰

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