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(Todas as fotos com paisagem, são da cidade do livro, se quiserem pesquisar, ela se chama Harpes Ferry)

Seus braços me seguravam como se sua vida dependesse disso, eu sentia o seu amor.

Ele era puro e intenso, me sentia leve quando suas palavras eram ditas no meu ouvido, por alguns segundos, aquilo parecia como uma canção.

Suas mãos dançavam sobre a minha pele, fazendo pequenos círculos e símbolos estranhos, como uma droga, no qual eu pedia por mais. Um segundo longe de seu toque era como abstinência, aquilo era possível? Amar alguém com tanta intensidade, que seu cérebro não consegue simular como seria sua vida sem ele? Seu peito dói em pensar em algo que lhe separa-se de seu amado?

Ele faz um pequeno chiado para que eu ficasse em silêncio, e como um comando, eu obedeço, estava entregue antes mesmo de me pedir, não havia outro lugar mais reconfortante que seus braços.


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Meus olhos se abrem em choque, minha primeira reação é passar a mão pelos meus braços, o vento me fazia tremer de frio, gradualmente, me levanto para fechar a janela, por sorte, não havia recordado do meu sonho.

Era melhor assim, o remédio estava fazendo efeito.

O relógio marcava 6:30, acabo por começar a me arrumar, opto por um par de calça jeans, uma regata preta e uma jaqueta jeans.

Minha mãe continuava a dormir, mas podia ver Odin dormir na porta do seu quarto, como um cão de guarda.

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O corredor estava rodeado de pessoas conversando, Jéssica arrumava seu material enquanto resmungava o pequeno espaço que tinha, ao meu lado Tom estava encostado na parede mexendo no celular.

"-Deus, como eu odeio esse armário!" Jéssica exclama irritada.

"-Talvez" tento argumentar, "-você deveria eliminar algumas coisas inúteis"

"-É impossível, tudo o que eu preciso está aqui!" ela cruza os braços.

Atrás de mim, Tom aparece remexendo o armário, ela o encara espantada por não ter pedido sua permissão.

"-Você não precisa de tanta maquiagem" ele pega um dos batons rindo, mas ele para quando percebe outro objeto, "-por que você tem uma agulha e linha de costura?"

Ela tira o objeto de suas mãos e deixa no armário, logo fechando em seguida.

"-Nunca se sabe o dia de amanhã, e se a minha roupa rasgar?"

"-Tenho certeza de que isso não acontecerá" ele ri, "-e obviamente há um item de primeiro-socorros para esse tipo de emergência na diretoria"

Antes que ela pudesse revidar, o sinal toca nos avisando que a aula começará, os alunos começam a circular entre nós.

"-Qual é a aula primeira aula de vocês?" Tom pergunta.

"-Matemática" Jéssica diz em tom de tédio.

"-Literatura" respondi animada.

"-Sorte sua, estará na melhor sala" o encaro confusa, "-somos da mesma sala, vamos!"

Nos despedimos de Jéssica, os alunos já estavam sentados a espera do professor, infelizmente não estava em dupla com Tom, ele estava acompanhado de outro garoto, já para meu azar, estava com uma garota.

F A L LOnde histórias criam vida. Descubra agora