i wanna be your girlfriend • 2yeon

one

Oh Nayeon
I wanna feel you close
Oh Nayeon
Come lie with my bones

Oh Nayeon
Eu quero sentir você perto
Oh Nayeon
Venha deitar junto aos meus ossos

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Jeongyeon não sabia mais o que fazer, apenas se apaixonava cada vez mais por sua melhor amiga. Aqueles lábios eram tão lindos e chamavam tanto a atenção de Jeongyeon.

Mas era errado, não podia amar garotas! Era pecado, como sua mãe dizia, um dos piores, a homossexualidade.

Jeongyeon era filha única, sua mãe a criou sozinha já que seu pai acabou fugindo com uma amante. Há alguns anos, Jeongyeon descobriu que seu pai ainda vivia na mesma cidade que ela e sua mãe, nunca comentou nada com a mesma pois tinha medo que ela surtasse e se mudasse, ela não suportaria ficar longe de Nayeon.

Seu pai havia tido outro filho, Sungjae, a pessoa preferida de Jeongyeon no planeta. Ele era incrível e o melhor amigo dela, Sungjae não era hétero e sempre fez questão de dizer isso. No início sofreu bastante preconceito, mas hoje as pessoas já nem ligavam mais. Ele namorava Hyunsik, o filho do pastor da igreja que Jeongyeon e sua mãe frequentavam.

Apenas Jeong e Nayeon sabiam do namoro dos dois, Hyunsik tinha muito medo do que seu pai poderia fazer. Todos eles tinham uma coisa em comum, foram criados sendo ensinados de que a homossexualidade era um pecado, mas nenhum deles acreditavam nisso. Se Deus é amor, por quê ele odiaria homossexuais?

Todos acreditavam em Deus, mas não nessa coisa toda de que ele não gostava de homossexuais.

Jeongyeon já havia se envolvido com garotas, a primeira vez foi com Sana, uma colega da escola, também foi com quem deu seu primeiro beijo e perdeu sua virgindade, aos dezesseis anos de idade.

Ela ansiava pelo dia que ia sair de sua casa, já tinha dezenove anos e não aguentava mais viver em meio a tanto preconceito. Mas sentia que seus dias de luta iriam cessar logo.

[...]

— Nay, você pode dormir lá em casa hoje? – Perguntou à morena que abriu um sorriso.

— Claro! Sua mãe não vai se importar, certo?

— Não, você sabe que ela te adora! – Segurou sua mão e foram juntas até sua casa.

Eram 18:00, tinham acabado de sair da igreja como faziam todos os dias para poder encontrar com Sungjae e Hyunsik. Elas primeiro iriam se encontrar com eles na floresta que havia perto da estrada, lá era onde podiam ser eles mesmos sem que ninguém os discriminassem.

Elas andaram em passos rápidos e discretos pois alguém poderia desconfiar. Logo avistaram a floresta e adentraram entre a vasta natureza do local, chegaram até a frente de um caminho de girassóis, ah, haviam chegado ao seu esconderijo secreto.

Havia uma pequena cabana no final daquele caminho de girassóis onde moravam Taeyeon, Tiffany e Sunny, um trisal que vivia feliz e alegre naquele lugar. Foram fortemente descriminadas pela cidade inteira por serem homossexuais e namorarem à três, eram as mães deles todos, cuidavam muito bem dos meninos e os "adotaram" como seus bebês.

Chegaram a frente da cabana e logo viram Sunny regando as plantas ali na frente.

— Mãe, nós chegamos! – Disse Nayeon e Sunny logo sorriu para as duas.

— Olá, minhas nenéns, as mães de vocês estão lá dentro fazendo um bolo e os meninos já chegaram, entrem primeiro, quando acabar de regar as plantas, encontro com vocês. – Elas assentiram com a cabeça e foram para dentro da cabana.

Viram suas mães e seus irmãos na sala conversando enquanto tomavam chá.

— NayNay! Jeong! Que saudade, minhas bebês! – Tiffany colocou a xícara sobre a mesa e foi abraçar as duas.

— Oi, mãe, também estávamos com saudade! – Disse Jeongyeon, sorrindo docemente.

— Pintou o cabelo? Ficou lindo, Jeong. – Ela disse passando a mão nos fios azulados de Jeongyeon.

— Foi a Nay que pintou, vocês gostaram?

— Tá lindo, meu amor. Agora vão se sentar e comer, o caminho da igreja até aqui não é curto.

Assim elas ficaram até as 20:00 na casa de suas mães, depois foram embora pois Jeongyeon sabia que sua mãe iria a questionar sobre todo esse tempo fora de casa.

[...]

— Finalmente, Jeongyeon! Passou todo esse tempo no fliperama de novo? – Sua mãe a questionou enquanto a olhava dos pés a cabeça.

— Sim, mãe. Desculpa, eu sei que tenho que evitar esse vício nos jogos.

— Fico feliz que seja consciente disto.

— Mãe, eu trouxe a Nay pra dormir aqui hoje. – Disse e puxou a morena para dentro de sua casa.

— Tudo bem. Você sabe que ela pode vir aqui quando quiser. – Sorriu. — Nayeon, seus pais autorizaram que você passasse a noite conosco hoje?

— Sim, senhora. Eles estavam comigo na igreja e a Jeong perguntou pra eles se eu podia, eles autorizaram.

— Então tudo bem, podem ir pro quarto, quando o jantar estiver pronto eu chamo vocês. – A mais velha foi para a cozinha terminar de preparar o jantar e as duas subiram pro quarto.

Jeong mal chegou no local e já se jogou na cama como de costume, Nayeon deitou ao seu lado e as duas ficavam se encarando, reparando em cada detalhe do rosto uma da outra, Jeongyeon se perdia no olhar de Nayeon, era tão profundo e brilhante.

Dessa vez foi diferente, a azulada puxou a morena pela cintura e repousou sua mão no local, Nayeon corou levemente e um beijo foi iniciado.

Jeong puxava a morena pra cada vez mais perto, só queria sentir o corpo dela contra o seu. O beijo que antes era algo calmo, se tornou um ósculo quente e molhado. As duas se sentiam quentes e com certeza iriam transar se não fosse o chamado da mãe de Jeong.

— Meninas! A janta está pronta! – Gritou e as duas imediatamente pararam com tudo o que estavam fazendo.

Coraram fortemente e foram jantar. Meu Deus, o que tinham acabado de fazer?