Uptown Girl - Jily

Agora é oficial!

Emy andava por todos os lados no saguão do hospital falando no celular de Lily há quase cinco minutos, James estava sentado com as mãos enterradas nos cabelos e Marlene parecia um pouco hipnotizada pela televisão sem som do outro lado da parede.

- ...não, Senhor Evans. Não é necessário, nós iremos para casa assim que ela sair. - Emy virou nos pés novamente e recomeçou o caminho, passando na frente de James e Marlene. - Claro, claro. Mas não há com o que se preocupar, foi apenas uma batida na mão. Sim, eu juro para o senhor que não é nada grave. Ok...chegaremos logo. Certo, ok. Tchau!

Emy desligou o celular e continuou a andar de um lado para o outro, em silêncio. Já haviam passado mais de quarenta minutos que Lily fora entregue para os médicos e nenhuma notícia até agora.

James levantou o cotovelo dos joelhos e jogou a cabeça para trás, bufando alto e passando a mãos pelos cabelos, irritado.

- Não!

Ele olhou para Emy que havia parado em sua frente. Ele arqueou uma sobrancelha.

- Não, James Potter. - ela se aproximou e apoiou as duas mãos nos braços da cadeira dele.

- Não o que?

- Não se atreva a ir atrás dele por causa disso! - ela tinha o rosto sério.

James riu sem emoção e meneou a cabeça.

- Eu não...

- Eu sei o que você estava pensando, então apenas NÃO! A Lily fez a estupidez de ir atrás dele para mostrar que nada que ele fizer ficará impune...você não tem que se meter nisso mais, a não ser que ele aja. Vamos fazer a coisa do jeito certo, James!

O moreno revirou os olhos e cruzou os braços, enquanto Emy se endireitava e recomeçou a andança pelo saguão novamente.

- Todo mundo socaria aquele idiota se pudesse. Nós sabemos disso. - Emy disse ao acaso, como se pensasse alto.

James resmungou algo antes de falar mais alto.

- Ele vai dar mais motivos para eu socar ele, você sabe.

- Talvez. Bem provável, eu diria, mas espere até lá.

- Por que resolver tudo na base da violência? - Marlene perguntou ainda olhando para a televisão muda.

- Eu não acho certo. - Emy concordou.

- Eu também não. - James afirmou.

- Mas vocês querem. - Marlene constatou.

James respirou fundo e Emy parou de andar para encarar a amiga.

- Isso são só suposições, Lene. Estamos supondo essa coisa de socos, porque a Lily, a santa Lily, começou com essa história de fazer Socos à Delivery.

- Mas não precisamos continuar com os socos, certo? - Lene perguntou ainda sem olhar para eles.

- Não! - foi James quem respondeu. - Nós só estamos dizendo o que ele merecia. Eu não sei explicar, eu não sou a favor de violência assim, mas o que a Emy disse é certo: são só suposições porque estávamos falando de consequências do soco da Lily.

- Justo! - Marlene disse. - O que o pai dela falou?- Marlene perguntou, desviando a atenção da televisão e olhando para Emy.

- Ele ficou preocupado quando disse que ela estava no hospital, mas entendeu depois da milésima vez que eu disse que não era grave. Ele queria vir buscá-la, mas convenci de que a levaríamos. A mãe dela está uma fera por ela não estar em casa, mas parece preocupada. Talvez o castigo não seja tão ruim.