Capítulo 26 - Everytime I See Her My Heart Beats Madly

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Sentiu exatamente o momento em que bateu nela com a parte de dentro do pé. O chute havia sido perfeito – a velocidade, a potência e a trivela a fizeram girar em uma curva perfeita.

Lisa observou, contendo a respiração, enquanto a bola voava pelo campo, planando por cima da barreira e logo entrando no ângulo da barra. Era a sexta falta que batia com tal precisão nos últimos minutos, e desta vez, toda a equipe que se concentrava no campo parou para admirar o feito dela.

O treinador do time a olhava de forma divertida e orgulhosa. "Uau, garota!" Disse e foi dar uma palmada em seu ombro. "Quero mais quatro igual a essa e você pode encerrar seu treino".

Uma sensação de orgulho se estendeu pelo peito de Lisa, sentiu aquelas palavras como um elogio. Queria tanto agradar o senhor de idade já avançada.

No entanto, observou exatamente o instante que o som de motor rasgava o ambiente aberto e tranquilo, interrompendo o som das cigarras. Um carro sedan preto surgiu, estacionando ao lado do campo, e um cara tatuado parecendo o G-Dragon deu um passo a fora; prepotente, charmoso e arrogante.

Todas as companheiras novas de Lisa deixaram o treinamento e alternavam entre observar o garoto e para onde ela estava no campo. Em seguida, ele abriu a porta do passageiro, para que Jennie pudesse sair do carro.

A jovem coreana estava deslumbrante; com seus cabelos presos em um rabo de cavalo alto, no topo da cabeça. As mechas escorriam para um lado, em cima de um ombro. Sua blusa era uma espécie de bandana estampada, deixando boa parte do seu abdômen exposto. E por fim, um short preto de cintura alta com um cinto com o símbolo da Chanel, que completava o look dela.

Os olhos redondos capturaram a imagem da queen bee, que beirava a perfeição, e o coração de Lisa batia loucamente com aquela visão.

O treinador pôs seu braço ao redor do ombro de Lisa e o apertou. "Você perdeu ela, filha."

A dor de Lisa foi palpável.

Seu coração afundou, seus batimentos continuavam disparados, em um ritmo cardíaco perigosamente acelerado, agora, em puro terror. A tailandesa ficou parada, em pé, congelada em estado de choque. "Jennie..."

Abriu os olhos de repente, o corpo estava rígido com a velha lembrança do seu sonho tão real. Podia escutar o som do seu órgão vital pulsar com força, no ambiente fechado.

As luzes do sol conseguiam se projetar pelas pequenas frechas nas laterais da cortina.

Seu peito expandia e regredia rapidamente, acusando a respiração irregular.

"Foi só um sonho... Foi só um sonho". Repetiu para si mesma, uma e outra vez enquanto passava os dedos longos sobre sua franja, a jogando para trás.

Em um gesto lento, se sentou na cama, se encostando na cabeceira e inalando profundamente pelo nariz, tentando de alguma forma se acalmar.

Se recompôs.

Apertou os olhos e girou o rosto bonito, inclinando e repousando sua bochecha sobre o ombro, mirando o celular ao lado do porta-retratos do seu pai.

Pegou o telefone, e a primeira reação foi de susto, pois constatou a hora. Havia perdido todas as aulas. Depois passou rápido a vista sobre a tela, verificando as diversas mensagens, mas seus olhos travaram quando viu uma ligação perdida e as mensagens de Jennie.


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