「 𝘕𝘢𝘥𝘢 𝘌́ 𝘖 𝘘𝘶𝘦 𝘗𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦 」- 𝘚𝘪𝘢𝘯𝘺 𝘌 𝘚𝘢𝘣𝘪𝘺𝘰𝘰𝘯

23 - Hospital

Any Point of View

Cheguei no hospital com a heyoon, que chorava tanto que nem cinseguia falar direito. Vou até o medico e ele me diz que Sabina está em cirurgia, ela havia batido forte a cabeça e uma parte abriu. Eles ainda não sabiam os danos que isso poderia acarretar, mas esperavam que não fosse tão grave quanto parecia.
                    
Eu estava tentando manter a calma, já que a minha prima perdeu a muito tempo. Mas quando eu vi luna, eu praticamente explodi.
                   
- O que aconteceu?!

- Eu não sei, ela chegou em casa tendo um ataque de pânico. Quando fui ajuda-la, ela caiu escada abaixo.
                   
- Claro, e você se procupa muito com ela, né?
                   
- Claro que sim! Ela é minha prima.

- Suas palavras e seus atos não condizem.

                     
- Está dizendo que a culpa é minha?
                     

- Luna tem ataque de panico desde que pegou você e a ex-namorada transando na cama dela! E depois você dormiu com todas as namoradas dela, sua piranha. A culpa desse ataque é sua!
                     

- Só quero o melhor para ela! E aquelas namoradinhas só queriam o dinheiro.
                     
- Mas você não deveria intrometer.
                   
Sina Point of View
                    
Eu ainda nem tinha chegado em casa quando meu celular tocou. Era a Any, e eu fiquei preocupada na hora, já que para ela estar me ligando no meio fa noite deveria ser algo serio.
                     
- Sina, e-eu estou indo para o hospital- ela tentava falar, mas seus soluços de choro a atrapalhavam.- A Luna está em c-cirurgia. Por favor, vai para lá.
                     
- Estou indo.
                     
Acelerei a moto no máximo que consegui e cheguei no hospital em menos de cinco minutos. Assim que entrei, consegui ver ao longe, Sina dando um soco na boca da Luna, que cai no chão na hora. That's my girl! Belo soco.
                     
Os médicos seguram Any que grita com a garota no chão, que logo é levada para outro lugar para cuidar do machucado que o soco causara.
                     

- Any, se acalma.- digo me aproximando. Quando ela me vê, se solta dos medicos e corre até mim, me abraçando.- Isso, calma, calma.- ela começa a chorar em meu ombro.- Vai ficar tudo bem. A atletazinha é forte.
                     
Depois de acalmá-la, ela se encostou em mim e dormiu profundamente na cadeira do hospital. Eu estava preocupada com a Heyoon, que estava num canto bem longe, olhando para o nada e com o rosto vermelho de tanto chorar.
                 
Achei melhor deixá-la quieta, mas sempre fico de olho para ver se ela continua bem, dentro do possível.
Sem perceber, acabei pegando no sono também e só acordei, quando ouvi um grito da Heyoon.

 Heyoon Point of View
                   
O médico chega até mim com uma expressão não muito boa. O encaro intensamente, querendo saber o que ele tem para me dizer.
                   
- A senhorita que está esperando os resultados da cirurgia da Senhorita Hidalgo?

- Sim.
                   
- Sinto muito... ela não sobreviveu a cirurgia.- o mundo parece parar e o tempo, congelar. Meu coração dói como se tivessem enfiado uma faca nele.
                   
Acordo soltando um grito. Garças a deus, foi só um sonho. Mas pareceu muito real, meu coração ainda dói e de novo eu começo a chorar.
                     
Sina me olhava ao longe preocupada, mas eu faço uma sinal para ela não se preocupar. Os minutos viraram horas, e nada da Sabina sair da cirurgia. Por que está demorando tanto?!
                   
Como se o universo decidisse que eu já tinha sofrido demais, um dos medicos apareceu e veio falar comigo e com as meninas.
                   
- Ela acabou de sair da cirurgia. Ela está estável e não corre nenhum risco de vida. Porem ela ainda está inconsciente e ainda não sabemos ao certo quando ela vai acordar e se acaordará sem nenhuma sequela. Vocês podem ir ve-la no quarto sete.
                     
Fomos para o quarto que o médico falou. Eu fui a primeira a entrar e ver Sabinq inconsciente. Havia um corte na lateral da testa que sumia no meio dos cabelos negros e outro um pouco menor que só aparecia um pouco na lateral do pescoço e parecia finalizar na nuca. A queda, pelo visto, havia sido feia mesmo.
                     
Chego bem perto e pego sua mão, fazendo um pequeno carinho. Sina, Any e Luna ficam em silêncio em volta da cama.
                     
A primeira a ir embora depois de tanto tempo foi Luna, que alem de falar que estava morrendo de sono, não conseguia continuar esperando ela acordar e que também precisava avisar Priscila do acidente.
                     
Já nós três ficamos ali no quarto, eu num sofa e elas duas dividindo um outro. Sina adormece e eu estou quase pegando no sono, porém a movimentação de Sina, que se levanta e fica ao lado da cama, faz com que eu pegue um pouco da energia que sobrou e preste atenção.
                     
Percebo que ela está chorando em silêncio, é a primeira vez que ela demonstra tristeza, afinal, ela queria passar um pouco de segurança e conforto para nós.
                     
- Droga, Hidalgo.- quase não dá para ouvir sua voz de tão baixo.- Se você morrer, eu vou invocar seu espírito e tacar sal nele, só para você sentir metade da dor que você está causando na gente. Você não pode me fazer começar a gostar de você só para ir embora depois. Não seja mesquinha, okay?! Voce não pode se entregar, você é uma lutadora, sua atletazinha de quinta categoria.- seu rosto fica mais vermelho devido ao choro e as lágrimas que caem.- Você não pode abandonar sua namorada, ela gosta muito de você. E a Sina não vai aguentar mais uma perda, e perder a melhor amiga com certeza vai quebrá-la de vez.- ela fica em silêncio por um tempo antes de continuar.- Droga, Sabina, até eu vou sentir sua falta. Então é melhor voce acordar logo.- Ela volta a se sentar no sofá e abraça Any com carinho.

Sina Point of View
                 
Quem esses médicos pensam que são para nos obrigar a sair do hospital, porque nós temos aula?! Se eu causei barraco? CLARO! Ninguem me obriga a fazer nada! Porem no final a Heyoon pediu para eu parar e eu acabei acatando ao seu pedido.
                     
Então uma semana se passou, Heyoon estava cada vez mais triste e sem esperanças de que Sabina iria acordar e Any estava inconsolável.
                   
Eu estou tentando não demonstrar minha preocupação, porque parece que eu estou sendo a única coisa que está impedindo essas duas de quebrar.                    
Foi no meio de uma aula chata de quimica que o diretor entrou na sala e chamou nós três. Ele nos encaminhou até o meio do corredor, onde estava Priscila e Luna.
                     
- Vocês quatro não receberão falta pelas aulas perdidas de hoje. Podem ir.- disse o diretor, já se retirando fo local.
                     
- Sabina acordou.- falou a senhora Hidalgo.- Vim levar vocês para vê-la junto comigo.
                     
A seguimos até a limosine dela (os Hidalgo são podres de rico mesmo). Chegamos rapidamente no hospital.
                   
Encontramos o médico que estava cuidando da Sabina essa semana, ele disse que queria conversar só com a familia, e nós três esperamos eles conversarem, que demorou um pouco mais de 10 minutos. Depois elas entraram no quarto e demoraram um pouco mais.
                     
- Meninas, podem entrar no quarto, ela está acordada.- disse a senhora Hidalgo.- Vou esperá-las aqui.
                     
Então nós entramos no quarto, o barulho da porta chamou atenção da Sabina, que nos observava sem dizer nada. Nos aproximamose ficamos perto da cama. Any não aguentou e deu um abraço apertado na melhor amiga.
                     
- Você nos quase nos matou de susto, idiota.- falou a Brasileira.- Nunca mais faça isso.- ela desfaz o abraço e depois Heyoon que a abraça. Eu não sei o porque, mas sinto que tem algo errado.
                   
- Não espere um abraço meu, Hidalgo.- eu falo.
                     
- Ela diz isso, mas ficou super preocupada com você.- disse Any me entregando.
                   
- Eu agradeço a preocupação de vocês, mas eu tenho uma pergunta para fazer.- ela fiz olhando para nós.- Quem são vocês?