Right Now - Jikook [Concluída]

Capítulo 7

Algumas semanas depois...

Hoje não ia ter aula do vestibulinho e por isso minha mãe achou que eu deveria ir numa lan house, imprimir um trabalho para Colle.

Sério isso?! O trabalho não era nem pra mim.

Eu, obviamente fiquei irritado, mas não podia fazer muita coisa.

[...]

Estava indo até a lan house, como o caminho era longo decidi cortar caminho pela rua da minha escola.

Subi - quase morrendo - aquele morro que mais parecia o monte Everest e depois fui descendo devagar pra não me esborrachar no chão.

Quando estava na esquina da rua vi um grupo de meninos sentados no chão enquanto conversavam. Minhas orelhas esquentaram e eu fiquei com muita vergonha, só porque ia passar perto deles.

Isso sempre acontece, eu sempre fico com vergonha por coisas bobas iguais essa. Tenho vergonha das pessoas, vergonha das conversas, vergonha de tudo.

Passei rápido entre eles, até porque não queria que eles me vissem.

- Hey.

Virei o rosto automaticamente. Era Park Jimin.

- Oi Jimin.

- Onde está indo? - Ele perguntou risonho.

- Ali na lan house.

- Me espera que vou com você.

- Precisa não. - Ri nervosavente.

- Faço questão.

Como eu não tinha como convencê-lo a ficar, esperei ele se levantar.

O caminho até a lan house foi com conversas aleatórias.

Demorou um pouco para sermos atendidos, fiz o pedido e Jimin até deu sua opinião sobre o trabalho, paguei e logo estávamos indo embora.

- Hey, vem aqui comigo.

- Onde você vai Jimin?

- Você confia em mim? - Ele me encarou tão intensamente que eu quase fiquei sem ar.

- Confio.

- Então me siga.

Comecei a seguir o mesmo por uma rua que eu não conhecia, eu estava um pouco assustado, mas não quis mostrar isso.

Ele continuava andando e eu já estava ficando cansado.

- Já está chegando? Tô cansado.

- Ta chegando já.

Paramos num beco escuro e ele logo me empurrou contra a parede.

- Me desculpe, mas eu não aguentava mais me segurar para não te beijar.

- O que?

- Eu gosto de você Jungkook, e não é de agora isso.

- Meu Deus.

- Por favor, me beija.

Eu não conseguia encarar ele depois daquilo. Ele quem estava me guiando onde eu deveria colocar as mãos.

Eu parecia um fantoche. Meu corpo estava ali mas minha alma não. Eu estava tenso como nunca estive e isso não estava aliviando a barra.

Ele se aproximou para me beijar e automaticamente eu virei o rosto.

- O que foi?

- Me desculpe, eu não to preparado.

- Entendo. Pode apenas me dar um selinho então?

Reuni minhas forças e dei selinho nele. Depois disso nós caminhamos para a escola, até porque eu ainda tinha que buscar Colle. Mas o caminho todo foi num silêncio desconfortável. Ele não falou mais nada e nem olhou pra mim, apenas me acompanhou até a escola e depois sumiu.

Talvez a culpa de não conseguir beijar ele fosse minha.

E talvez...só talvez, a culpa por não ter beijado ele fosse atormentar a minha mente durante muito tempo.

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