Anjos caidos

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Depois de tudo aquilo ter acontecido, fui ao banheiro para lavar o meu rosto.

O banheiro era pequeno com poucas cabines para entrar. Abro a porta, penduro minha mochila em meus ombros e ligo a torneira jogando a água em meu rosto com as mão.

Uma das cabines é aberta, saído de lá um garoto que inicia uma conversa comigo.

— Você não deveria estar aqui sem nenhuma autorização.

— Eu só...

— Oh, não, não, não, foi uma piada!

— Ah — falo aliviado.

— Desculpa, aí meu Deus — ele pega uma folha de papel para secar sua mão e olha para mim — Sem graça?

— É que eu tive um dia bem difícil.

— É, bem vindo!

— Esse lugar é... — não consigo terminar minha frase pois, ele me interrompe.

— Maluco, sou Kim Taehyung. Pode me chamar de Tae.

— Tá bom.

— E você é Park Jimin, mais todos te chamam de Jimin, transferido para cá de Seul, com 4,2...impressionante.

— Como sabe disso?

— Opa, investiguei de mais?

— Um pouquinho, sim.

— Desculpa, o problema é que essa escola é muito pequena, tipo muito pequena mesmo, minusculamente pequena, e não acontece muita coisa, você é novo, inteligente e bonito...então imagino que vá atrair muitas atenções tanto positivas quanto negativas.

— Legal.

— É o seguinte, eu vou sair, te deixar a vontade, e aí depois se estiver numa boa, talvez você possa esquecer que te abordei no banheiro com informações de mais, quando você queria só ficar sozinho, e eu fiquei falando sem parar porque eu não consigo me controlar, e eu falo pra caramba...como agora e me dá outra chance...eu vou nessa — ele se aproxima da porta mais eu o chamo.

— Tae.

— Oi?

— Se incomoda de me levar até o dormitório? Eu estou meio perdido.

— Tudo bem!

— Valeu.

Pego minhas coisas e sigo ele.

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Estava prestes a iniciar minha aula, entro na sala bem devagar observando ela por completo.

As cadeiras estavam dispostas em um meio círculo em frente a lousa, o garoto do incidente da caneta também estava lá, sua mão encostada em sua cabeça, ele parecia escrever algo.

— Senta — Tae diz para me sentar ao seu lado.

Eu observava de longe aquele garoto, olhando melhor conseguia ver que ele estava desenhando.

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— E se os anjos realmente vagassem entre nós, agora, aqui na terra? Essa é a história dos anjos caídos, anjos são expulsos do céu, condenados a viver a vida ao lado de meros mortais. Exilados por não escolherem um lado, na guerra de Lúcifer contra o paraíso. Quem pode me contar do que se trata a guerra no paraíso? Lisa. — a professora chama uma garota.

— O bem contra o mal?

— Não, isso é simplista de mais. Lúcifer era o favorito, a luz mais brilhante. O que o fez se virar contra o paraíso, alguém sabe?

— Ele levou um pé da namorada. — O garoto que me empurrou mais cedo diz fazendo apenas seus amigos rirem.

— O que aconteceu com os outros anjos? — curioso pergunto fazendo aquele garoto olhar para mim pela primeira vez. Além de outras pessoas se entre olharem, não entendi, minha pergunta foi errada?

— Os que apoiaram Lúcifer, foram banidos para o inferno. Somente os que eram fiéis permaneceram no céu, os anjos que não escolheram um lado, foram nomeados de anjos caídos. Forçados a vagar sobre a terra, alguns deles mantiveram sua natureza angelical, se arrependeram e esperaram pela chance de voltar para o paraíso, outros se aliaram com Lúcifer encontrando prazer na perversidade do caos. Mas nenhum deles pode deixar este mundo, por conta disso um anjo rebelde, rejeitou ambos dos lados da guerra, em sua própria busca pelo amor humano. Os outros anjos caídos devem continuar aqui na terra, até que ele escolha um lado na única guerra que já foi travada, a guerra que ainda vemos todos os dias acontecendo ao nosso redor, mas imagino que tenha aprendido isso em ensino religioso.

— Não — respondo a professora.

— Sério?

— Sim ninguém da minha família é muito religioso.

— Então, você não foi batizado?

— Ah, não.

TODOS da sala estavam olhando para mim naquele momento, o garoto cujo eu não sei o nome estava com a boca entre aberta com o face um pouco assustada.

— Era para ter terminado, a guerra? — Lisa pergunta.

— Excelente pergunta.

— Quer dizer, se Lúcifer ainda está vivo, o que impediria de tentar outra vez?

⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

Olá! Voltei depois de muito tempo. Espero que gostem!

Agora que estou de férias irei postar com mais frequência.

Aparentemente te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora