Capítulo 47

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Tento reunir toda a minha paciência, educação e autocontrole para não demonstrar que estou tremendo de raiva

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Tento reunir toda a minha paciência, educação e autocontrole para não demonstrar que estou tremendo de raiva.

Através do espelho, olho para a entrada do banheiro e a vejo parada, me olhando. Seu rosto está pálido e seus olhos manchados de rímel, como se ela tivesse esfregado as mãos nos olhos, sua boca está manchada de batom marrom e ela está usando um elegante vestido verde.

Não sei o que pensar, o que falar ou o que fazer.

Apenas continuo retocando o meu batom, torcendo para não tremer e borrar minha boca inteira.

- E ainda é mal-educada. - Ela solta um riso de deboche e eu fecho os olhos com força.

- Mal-educada não. - Finalmente me viro para ela após fechar minha bolsa. - Apenas sei que você não vale o meu tempo.

Quando falo isso, os olhos dela arregalam e quando faço menção de começar a andar, ela se coloca na frente da porta.

- Está achando que vai sair fácil assim?

- Olívia, sai da minha frente.

- Ahh, minha querida Lívia, você não vai se safar tão fácil.

Franzo o cenho e meu coração acelera. Do que essa mulher está falando?!

- Você é péssima para seguir ordens, acordos...

- Eu nunca fiz acordo algum com você. - Respondo no mesmo tom rígido que ela.

- Era pra você ter terminado com ele! - Ela explode, me assustando. - Era pra você ter percebido que ele não é homem para você! Ele é homem para mim! Ele é o meu homem. - De repente, ela começa a chorar e eu entro em choque.

Droga! Eu tinha razão, Olívia é louca por Matthew. Seu estado é deplorável, como se ela tivesse passado esses últimos dias chorando e sofrendo.

E agora?! O que eu faço? Meu estado de choque e minha compaixão estão travando uma guerra entre si: sair do banheiro sem falar nada ou tentar ajudá-la?

Por mais que Olívia tenha feito o que fez, ela parece precisar de alguém.

Mas esse alguém não precisa ser eu.

Isso, esse alguém não precisa ser eu. Traço um plano na minha mente enquanto a mulher se acaba de chorar na minha frente: eu vou sair daqui e procurar algum amigo de Olívia para ajudá-la.

Meu plano tinha tudo para dar certo, se não fosse ela trancando a porta do banheiro. Ah, agora pronto.

- Você tem noção do que está me fazendo passar? - Ela começa a se aproximar de mim com um olhar assassino, o que me deixa perturbada. - Por sua culpa, eu estou enfrentando o inferno! Por sua culpa! - Ela grita e eu começo a dar passos para trás.

- Olívia, você não está em seu estado normal. - Falo com o tom de voz mais calmo que consigo usar, embora eu esteja tudo, menos calma. - Respira fundo e repense tudo.

Querido Mr. MaillardOnde histórias criam vida. Descubra agora