Capítulo 62

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- Quando voltarmos, você faz de novo? - Pisco várias vezes, fazendo meus cílios postiços embaçarem um pouco a minha visão

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- Quando voltarmos, você faz de novo? - Pisco várias vezes, fazendo meus cílios postiços embaçarem um pouco a minha visão. Esse ato me deixa fofa, segundo Rosie. - Em, amor?

Matthew revira os olhos e abre um sorriso, desmanchando sua careta.

- Eu consigo dizer não para você, Lívia? - Gargalho por ele ter mantido uma postura tão difícil para no final dizer isso.

- Sua massagem é a melhor coisa do mundo. - Suspiro enquanto caminhamos pela enorme rue Bonaparte.

Quando ficamos minutos ou horas na enorme banheira, Matthew fez uma massagem tão gostosa em mim que até agora, mesmo depois de uma tarde inteira de sono, eu ainda estou sentindo seus deliciosos dedos nos meus ombros.

Meus olhos brilham conforme andamos na larga calçada da rua, onde vejo vários franceses, estrangeiros, pessoas correndo para táxis, outras caminhando lentamente, outras conduzindo cães em passeios noturnos.

É uma cidade tão movimentada, tão tradicional, tão envolvente. Paris é mais linda do que minha imaginação me permitiu visualizar em livros e filmes.

- Bem-vinda ao Le Pré aux Clercs, ma princesse. - Sorrio olhando para ele, desviando meu olhar para o charmoso restaurante na nossa frente.

É um restaurante que tem sua porta na esquina, chamando bastante atenção por ser enorme. O que mais chama a minha atenção - que confirma tudo o que vi em filmes e li nos livros - são as cadeiras e mesas colocadas na calçada para as pessoas realizarem suas refeições ao ar livre.

Quando entramos, Matthew conversa com um rapaz que nos leva até uma mesa na janela, onde nos permite visualizar a incrível cidade. Hoje está bastante frio, mas pelo que soube, as nevadas em Paris acontecem em fevereiro, onde o frio é o triplo que este. Se dermos sorte, conseguimos alguns dias de sol e calor enquanto estivermos aqui.

O restaurante tem sua beleza única: um balcão largo de mármore que esconde a cozinha e a adega atrás de si. Almofadas quadradas pequenas e brancas acompanham as mesas e cadeiras de madeira. A mesa principal - mais próxima do balcão - chama atenção por ter uma árvore em cima dela. Sim, uma árvore! Árvore extremamente verde e viva, a qual seus galhos suportam lindas bolas e estrelas de natal, decorando todo o ambiente.

Sou desviada das minhas admirações quando volto meu olhar para Matthew e encontro seus olhos fixos em mim, o que acende um calor gostoso no meu peito. Trocamos um olhar intenso até o atendente nos interromper educadamente para perguntar o que vamos pedir para o jantar.

- Foie gras de canard, chutney de mangrove, pain grillé. - Observo fascinada Matthew fazer o pedido tão facilmente. - Très tendre pavé de rumsteak. Et dessert, crème brulée à la cassonade et à la vanille bourbon.

Consigo entender a pergunta que o garçom faz sobre o que gostaríamos de beber e me impressiono com a resposta do Matthew: duas taças de Château Cheval Blanc 2010.

Querido Mr. MaillardOnde histórias criam vida. Descubra agora