Cap. 2

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- Antôniela me devolve isso - Pedro sobe as escadas atrás de mim exclamando que eu devolvesse seu celular.

- Pare de ser infantil - Fala assim que consegue me prender na parede tomando seu celular com brutalidade da minha mão.

- Seu grosso - Passo por debaixo de seus braços, vou até "meu quarto" para terminar de me arrumar para o colégio.

Me sento na cama, pego meu par de tênis e os calço, vou até o espelho para terminar de arrumar meu cabelo, ainda olhando pelo espelho consigo ver Gabriel saindo do banheiro só com uma calça moletom, avalio seu corpo de cima a baixo.

- Se apaixonou né? - Pergunta na brincadeira chegando do meu lado.

- Que isso meu irmão, já vi coisas melhores - Falo também na brincadeira.

Gabriel termina de se vestir e sai do quarto, pego minha mochila meu fone e celular, saio apagando as luzes do quarto.

- Bom dia querida - Minha tia fala servindo o café para ela.

- Filha, coma ao menos um pouco, e depois eu te levo até o colégio - Meu tio fala.

...

Chego no colégio e não me lembro de muitas pessoas, acho a sala da turma do 3°A e entro, as mesas estão todas montadas em duplas, noto uma completamente vazia no fundo, me sento nela mesmo.

- Com licença alunos, me chamo Anderson e sou professor da língua portuguesa - Um homem alto entra na sala.

Ele se senta e arruma o óculos de grau que destaca seus olhos cinzas, fico o admirando por algum tempo.

- Professor, com licença - Um aluno de cabelo loiro bate na porta e entra com outro muleque bronzeado do cabelo um pouco ondulado.

O professor assente a eles que entram em silêncio.

- Ei princesa - O branquelo do cabelo loiro chega mais perto.

- Este lugar é nosso - Continua.

- Hum... Tem vários lugares vazios docinho - Falo olhando com deboche.

- Foda-se, este aqui é nosso, então rala - Chega mais perto.

- Não - Falo aproximando mais nossos rostos como forma de desafio.

- Joshi senta aí, eu me sento ao lado do Marcos - O moreno bonito fala saindo e sorri para mim.

Como a menina boa que sou, devolvo o sorriso com uma mordida no lábio, o moreno da outro sorriso e se vira.

Joshi joga sua bolsa em cima da carteira e se senta.

- Podemos começar? - O professor pergunta, e logo começa a explicar a matéria.

Anoto tudo que o professor fala, até por que não sei muitas coisas, nestes sete anos que passei na Coreia não procurei continuar os estudos da gramática portuguesa.

Noto que a menina da dupla ao lado não para de olhar para cá, deve ser algo desse Joshi ou sei lá.

- Você é nova aqui? - Joshi pergunta assim que o professor dá um tempo para todos.

- Sim - Respondo sem prestar muita atenção.

- Vem de onde? - Seus olhos castanhos claros observa com atenção meu rosto.

- Na verdade sou da qui mesmo, mas fui para Busan com dez anos, para estudar - Falo o olhando e rolando a caneta pelo meu lábio.

- Interessante. Como é seu nome? - Se aproxima.

Um Romance Do Século XXIOnde histórias criam vida. Descubra agora