Um Romance Do Século XXI

Cap. 6

— Não estava falando sério babaca — Engulo o seco.

— Já estou assim, faz o trabalho querida — Passa sua mão por trás da minha cabeça, passa os seus dedos em meu cabelo e faz pressão para frente.

— Quê que é isso aqui? — Minha tia aparece na porta junta a meu tio.

— Ti-tia? — Gaguejo.

— Não é isto que está pensando, é tudo minha cupa Senhora Carmen — Gabriel fala levantando a calça.

— Nunca mais quero você aqui — Meu tio grita esbravejando de raiva.

— Claro senhor Rogério — Fala indo para a porta.

— Não espere, Tio é minha culpa, acredite em mim — Falo segurando a toalha fortemente em meu corpo e pegando na mão de Gabriel.

— Gente calma, eles estão namorando, isso é normal para um casal, certo? — Pedro se intromete.

"Namorando? Nós dois?, Never"

— Isto é verdade? — Meu tio pergunta abrindo um sorriso desconfiado.

— Sim, na verdade se o senhor permitir — Gabriel fala me olhando para que eu concorde com isso.

— Claro que sim, sempre quis um cara responsável como você para a minha sobrinha — Fala o dando um abraço de "manos".

— Precisamos conversar, mas antes... Lave as suas mãos, por favor — Meu tio fala rindo.

Gabriel assente sorrindo e segue meu tio.

— Vou fazer um jantar para comemorarmos — Minha tia fala batendo palminhas.

Só ficamos entre meu primo e eu no quarto.

— Por que você falou isso? — Pergunto me sentando na cama.

— Por que vocês estavam fazendo isso com a porta aberta? Se vocês fossem mais prevenidos não teria precisado salvar a pele de vocês — Fala se gabando.

— Eu não gosto dele, como vou namorar com uma pessoa que não gosto? — “Penso” alto.

— Sei lá po, amanhã vocês "terminam" — Fala dando de ombros.

— Sai daqui Pedro — Falo o jogando uma almofada.

Pedro sai rindo da minha cara.

Me visto e fico sentada na cama, conversando com Luiz pelo celular.

— Oi namorada — Gabriel aparece na porta do meu quarto.

— O que vamos fazer? Não nos gostamos o suficiente para assumir um relacionamento sério — Me jogo para trás na cama.

— Sei lá, podemos fingir ser namorados na frente deles, e por costas vivemos nossas vidas reais — Se senta ao meu lado.

— Aliás... Seu tio acha que você é virgem — Fala rindo.

— Que? Vocês falaram sobre isso? — O olho espantada.

— Falamos — Não dá a mínima.

— Isto é coisa particular minha — Falo me levantando.

— De qualquer forma... Está combinado então — Estendo minha mão a ele e ele assente me dando a mão.

...

Estou na sala de aula fingindo prestar atenção na professora de história e Joshi ao meu lado beijando meu pescoço e passando a mão pela minha perna, Carlos hoje está ao seu lado batucando um lápis na mesa em um ritmo bem estranho.