4 horas depois
Ayse empurrou a porta de madeira que separava os cômodos, sua mãe se encontrava sentada sob a mesa, os braços apoiados sob o tampo de madeira, o rosto repousado sobre as palmas, ela ergueu os olhos ao ouvir o barulho da porta se abrir.
Seu pai estava apoiado sobre o encosto de uma das cadeiras de madeira posicionadas na lateral da extensa mesa de madeira.
O cômodo se tornou mais pesado a entrada da garota.
Robert virou-se devagar, os olhos castanhos claros fixos na filha, ela parou, as mãos segurando as duas portas de madeira para que não batessem contra si.
A expressão no rosto de sua mãe era quase dolorosa, os olhos verdes pairavam sobre o rosto da garota como se não a reconhecesse, Ayse torceu os lábios por um breve segundo.
- Durmstrang? – Questionou vagamente. Uma de suas sobrancelhas castanhas escuras se erguendo.
Esila assentiu pesadamente, a mãe de Ayse tinha o rosto oval e delicado, olhos verdes escuros, cabelos castanhos escuros como os dela que se encontravam presos em um longo rabo de cavalo caindo majestosamente sobre o vestido azul escuro florido que a mesma vestia. Sua pele era da cor de avelã. Ela era magra e elegante.
Sua voz era firme.
- Considere-se sortuda... O Ministério da Magia poderia muito bem decidir manda-la para Askaban... O que diabos você estava pensando?
Ayse engoliu em seco, seus olhos correndo para o rosto de seu pai, que era inexpressivo, embora naquele momento tivesse se virado completamente para a menina, seus braços cruzados sob o peito esperando respostas.
Ela respirou fundo procurando as palavras certas.
- Acho que... Acho que simplesmente não estava. – Respondeu.
Esila respirou fundo, decepção ecoando pela sala.
- Acho melhor você começar a fazer suas malas. – Incentivou. – Seu pai a deixará em Durmstrang pela manhã...
- Mas é no meio da semana letiva... – Protestou.
Esila ergueu os olhos novamente para a filha, dessa vez ameaçadoramente, Ayse não tornou a contestar, ela se virou girando no próprio eixo de forma que os cabelos longos e castanhos fizessem um arco em torno dela e batessem contra suas costas, ela fechou as portas duplas atrás de si deixando os pais a sós novamente.
(...)
Ayse não sabia ao certo como havia chegado a Durmstrang, ela lembrava vagamente do pai dirigido até o porto da cidade, momentos depois adentrar um beco do qual os levava direto para um vasto campo e então dando de cara uma embarcação gigantesca e espectral, momentos depois ela se encontrava ali, atravessando uma espécie de ponte invisível, o lago abaixo dela era negro e parecia contornar toda a ilha, a sua frente, um campo vasto se estendia revelando um enorme castelo negro.
Uma construção com tetos em formas de triângulos e torres espalhadas pela sua lateral, dez torres, ela conseguiu registrar, todas com topo em formato de cones, de longe parecia que cada curva que se formava nos beirais do castelo haviam sido desenhadas a mão e então preenchidas por tijolos.
Os beirais se encontravam com uma fina camada de gelo dando um leve charme ao lugar.
Ela ouviu seu pai soltar um assobio fazendo com que a mesma o olhasse de soslaio, ele sorria abertamente, havia colocado a mão sobre o ombro da garota.
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Os Contos Sombrios de Durmstrang: O Ritual Perdido.
FanfictionDepois do assassinato de trouxas, a família de Ayse decide envia-la para a famosa escola e magia e bruxaria de Durmstrang. Mesmo com uma fama manchada, a escola apresenta uma boa reputação entre aulas e professores desde a substituição de seu corpo...