Uma semana havia se passado e Rengoku estava preocupado.
Preocupado e com outro sentimento que ainda não conseguia definir qual era.
E ainda não sabia o que se passava consigo ou com seus sentimentos.
Havia sido liberado da mansão de Shinobu no dia que Uzui partiu, mas ainda ia para lá todos os dias para ver como seus meninos estavam se saindo e continuavam com o treinamento dos quatro que o pilar do som tinha criado, agora somente com um oponente. Já tinha falado com Oyakata-sama e com os outros pilares, que o parabenizaram pela recuperação e lhe davam as boas vindas. Estava feliz por estar de volta a ativa.
Mas sentia falta de Tengen.
Uma semana havia se passado e não tinha recebido notícias nenhuma do outro. Em parte entendia, deveria estar ocupado conseguindo informações na cidade ou lutando contra um ou mais onis, e era esse pensamento que o deixava preocupado e alerta. Seu peito parecia encolher e seu coração doía. Por que estava assim?
Queria poder acreditar que estava tudo bem, mas algo o dizia para ir correndo atrás do mesmo.
Auela sensação esquisita o incomodava e não passava de forma alguma.
Tinha vontade de conversar com alguém sobre o que estava sentindo, que pudesse sanar suas dúvidas, mas com quem? Quem iria entendê-lo?
Queria falar com o pai há tempos, mas provavelmente o mesmo iniciaria uma briga antes mesmo dele começar a falar, principalmente ao ver seu estado. Também ansiava em ver seu irmão, mas ainda não sabia como encarar o mais novo depois do que tinha acontecido, além de que desconfiava que o menor não poderia responder suas perguntas.
— Sabe quando seu peito aperta e bate fortemente, seu estômago se revira, sobe uma pressão e você sente vontade de chorar?
Havia feito aquela pergunta mais de uma vez para pessoas diferentes e nenhuma das respostas lhe parecia convincente o suficiente. Entre elas:
— Você está deprimido, aniki? — Tanjiro lhe perguntou preocupado. Não, não estava deprimido. A palavra certa seria angustiado.
— Você está passando mal? Se esses sintomas continuarem eu terei de lhe examinar — Foi a resposta de Shinobu. Não, não estava passando mal, sabia disso. Resolveu ignorar tudo.
— Você tá estranho. Já era estranho, com toda aquela positividade e otimismo pra cima de todo mundo, mas agora tá mais ainda. Um estranho confuso — No fundo, sabia que a última frase dita por Sanemi era a mais pura verdade.
— Não tenho ideia. Se é algo que você não sabe, imagine eu — Giyuu quem lhe disse isso.
— Oh pobre criança, você encontrará as respostas do que procura em si mesmo, acredite nisso — afirmou Himejima já começando a chorar e a orar pelo companheiro, Kyojuro acreditava que fosse verdade.
— Hm, hmm! Hummmmm uhum! — Também não entendia o porquê de ter feito a pergunta para Nezuko, não conseguiria entender nada mesmo. Mas a garota estranhamente acenava e pulava, dizendo murmúrios desconexos, sorrindo amplamente, como se soubesse a resposta. Estranho.
Pensou em perguntar para Tokito, mas mudou de ideia ao ver o outro tão entretido com uma pedra, não iria atrapalhar seu momento.
— Kanroji, estou muito perdido, o que serão todas essas coisas?
— Você veio a pessoa certa, porque eu acho que sei a resposta! — A pilar do amor dizia sorridente, o que abriu um mar de esperança e felicidade no rapaz.
— O que é? Me diga, por favor!
— Hm, talvez seja muito cedo para confirmar algo, mas é claro como água que você está amando — Mitsuri disse de uma vez, deixando um pilar das chamas totalmente perdido.

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Radiante [kimetsu no yaiba]
RomancePorque Rengoku, aos olhos de Uzui, sempre seria radiante. [Sendo reescrita]