Radiante [kimetsu no yaiba]

Radiante

— Está tudo bem mesmo em se aposentar? — Iguro perguntou preocupado, se perguntando o que havia acontecido para que Uzui estivesse tão calmo.

— Eu seria inútil em uma batalha, apesar de ainda ter uma mão e um olho. Eu posso ajudar de outras formas, está tudo bem sim.

— Ah, eu sentirei sua falta nas missões! Até do seu humor oscilante! — Kanroji falava chorosa, prestes a se jogar em cima do agora ex pilar.

— Não é como se eu tivesse morrido. E vocês ainda irão me ver, continuarei trabalhando para o Oyakata-sama de qualquer forma.

— Você foi bem, tenho certeza que se sairá bem e irá ajudar muitas pessoas ainda.

— Muito obrigado, Himejima — disse em uma reverência.

— Você está agradecendo? O que eu perdi que agora você é educado?

— As pessoas mudam, Sanemi. Eu acredito que você ainda tenha salvação, também.

— Não fode comigo.

— Você é sempre bem vindo na Mansão Borboleta, venha me visitar e visitar a Kanao quando quiser.

— Obrigado, Shinobu. Eu irei mesmo. Aqueles moleques estão lá por um tempo e eu quero me certificar de que eles estão progredindo. Tokito, Giyuu, vocês também — concluiu com um aceno de cabeça para os dois que ficaram quietos o tempo todo. Recebeu um "certo" do mais novo e uma reverência do pilar da água.

Ali os pilares organizaram uma pequena festa de despedida para Tengen, o mesmo logicamente queria continuar lutando, mas brigar com sua condição seria apenas tempo perdido e, como ele havia dito, lutaria apenas de uma forma diferente. Sabia que não era fraco e com o apoio da pessoa mais importante para si, nunca havia se sentido tão forte.

(...)

— Kyojuro! — O menino, que era praticamente uma cópia sua mais nova, com a única diferença sendo apenas os cabelos mais curtos, gritou ao vê-lo.

— Senjuro! Estava com tanta saudade!

Seu irmão veio correndo em meio a lágrimas na sua direção assim que o avistara. Os dois compartilhavam um abraço cheio de saudades no meio da rua, não que importasse aquele detalhe.

— Você sumiu, não deu nenhuma notícia! Por onde esteve? E o que aconteceu com seu olho? — O mais novo perguntava apressado ainda abraçado a si.

— Eu irei explicar tudo, pequeno. E como está o nosso pai?

— Como sempre: chato, mas está insuportável desde o seu sumiço. E sempre bebendo.

— Eu irei contar tudo pra você e depois irei conversar a sós com ele, tudo bem?

— Tudo bem!

Mataram a saudades conversando por horas, Senjuro totalmente admirado com todas as histórias de lutas do seu irmão, confuso entre se sentir preocupado e aliviado quando Kyojuro contou que havia quase morrido em sua última batalha naquele trem.

— Mas eu tive alguém pra me salvar! Ele esteve comigo em todos os momentos e me ajudou muito, inclusive foi ele quem disse para eu vir visitar você e o meu pai.

— Foi só porque ele pediu que você veio? Você é mau, Kyojuro! Eu estava com saudades...

— Não foi só por ele que eu vim, mas eu estava sendo covarde, não queria nem encarar vocês dois depois de tanto ter dito para não se preocuparem comigo. Me perdoe, Senjuro.

— Só dessa vez, então preciso agradecer a esse amigo.

— Você terá oportunidades de agradecê-lo. Na verdade, preciso contar algo...