Um inimigo para o reino!

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"O que vocês precisam é de um bom inimigo." Jogou Aelin para nós assim que nos reunimos na mesa para o café da manhã.
Depois da ultima noite, eu havia ficado com aquele cheiro que lembrava brasas e fumaça quente em minha mente, como se mesmo que ela não estivesse mais ali, deixasse seu rastro, leve, bem levemente, mas presente no fundo da minha mente. Ela era fogo em toda sua essência, algo que deixaria Helion, o grão senhor da corte diurna maravilhado. Assim como a minha essência e de Rhys era noite e escuridão a dela era quente, fogo, Luz. Talvez seja realmente abençoada por uma deusa. 

- De que tipo de inimigo estamos falando? - perguntou Nestha.

-Algum forte o suficiente para deixá-los apavorados, porém não tão forte que vocês não possam derrotar.

Rhysand me encarou como se tivesse captado algo que eu ainda não havia entendido, clareza brilhando em seus olhos.

-Precisam deixar claro o motivo de serem os grãos senhores. Eliminar qualquer ameaça que apareça. Nós vamos à cidade escavada, enfretamos vocês, e deixamos que vençam para que todos os que se encontram temam fazer o mesmo! - Aelin olhava para Rhysand procurando uma afirmação, como se soubesse que seria mais difícil conseguir isso dele.

-Um ringue? É assim que resolveremos esses problemas?- Rugiu Amren como se aquilo fosse um absurdo!

-Talvez funcione. Não tem nada que eles gostem mais do que isso. Uma exibição de poder, cruel, selvagem. Talvez os faça lembrar quem realmente eles estão enfrentando. - Disse Mor levantando-se sobressaltada. Pensando.

-E de que forma vocês seriam útil? - Perguntou Rhysand, querendo saber exatamente qual era o plano!

-Nós iremos e venceremos e depois disso vocês nos eliminam como água.- Disse a rainha - Ou eu posso apenas incendiar tudo!

-Eles ainda são nosso povo. - Lembrou Rhys, Aelin apenas estalou a língua. - E se fosse apenas para acabar com sua existência miserável eu mesmo poderia fazer. Mas um equilíbrio é necessário. - Disse Rhysand fazendo com que se lembrassem exatamente com quem estavam lidando.

-Durante esta competição territorial, podemos apenas nos rebelar contra vocês, fazer ameaças e agir como os rebeldes pretendem agir. Então isso os faria repensar sobre suas intenções. Ver que o Grão senhor está prestes a destruir aquele lugar e todos que ali estão os fará repensar sobre isso. - Disse Dorian calmamente, o que nos pegou de surpresa. Mesmo que parecesse tão nobre e tivesse charme e atitude principesca, violência não era um problema para o Rei, se fosse necessário.

- Então se eles querem uma rebelião, é isso que daremos? - Disse olhando em direção à Rhysand e Mor, nossa imediata. Eles assentiram. Rhys segurou minha mão, firme.

-Então vamos encomendar um inimigo para o reino! - Disse Nestha fingindo empolgação, e pousando a cabeça sobre as mãos, preocupada.

-Mas, vocês sabem. Alguém precisa morrer!- Falou Aelin, antes que qualquer um protestasse em resposta, ela emendou - Ou eles devem achar que morreu.

Rowan apenas comia calado, cruzando olhares com Aelin de vez em quando, como se esperasse pelo elemento surpresa a qualquer momento. Uma calma fria e severamente calculada, ele parecia estar controlando cada batimento na mesa. Por apenas um segundo eu estivesse tentada a olhar por sua mente, saber exatamente "o quê" ele temia. Mas o olhar pra Aelin que sorria para Aedion, também emburrado, era mais do que suficiente. Ela era seu maior medo, perdê-la de alguma forma. Eu segurei ainda mais forte a mão de Rhysand, como se compartilhasse daquele sentimento. Precisávamos fazer o impossível para evitar uma guerra novamente, evitar colocar Velaris em risco. Meu parceiro havia sangrado e morrido por aquelas pessoas! Eu faria valer a pena.

CORTE DE ESTRELAS E CHAMAS!Onde histórias criam vida. Descubra agora