jungkookie, vamos à lua?

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   Ok, ele estava nervoso. Muito nervoso. Algo da Lua acabara de cair em seu quintal e era um garoto. Não tinha nem como suspeitar de uma mentira, uma vez que ele conhecia cada pessoa naquela cidade. Observou mais uma vez o dito Park Jimin; cabelos azuis, aquele desenho em seu rosto, a pele em um tom mais claro do que o usual do país em que vivia. Desesperado, Jungkook o tomou pela mão e correu até sua casa, com o garoto logo atrás de si perguntando o que era cada coisa pela qual eles passavam. Ao chegar à sua residência, Jungkook viu o carro de sua mãe na frente e respirou fundo, pois seria quase uma missão levar Jimin lá para dentro sem que ninguém o visse.

   Virou-se então para o menino que encarava tudo deslumbrado.

   — Ei, Jimin, não é? Você precisa me ouvir. Vamos para a minha casa e eu vou te deixar no meu quarto, mas você precisa ficar em silêncio, ok?

   — Hmm, ok. O que quer que seja um quarto...

   O Jeon teve uma pequena parada com seu cérebro com essa fala, mas resolveu ignorá-la por enquanto. Pegou o pulso do outro garoto e seguiram até a porta dos fundos, abriu do jeito mais silencioso que podia e constatou que não tinha ninguém no andar. Milagrosamente, Hoseok não tinha chegado à casa deles ainda, e então lembrou-se que este havia mencionado algo sobre passar na biblioteca antes de voltar. Subiu as escadas e ouviu o barulho do chuveiro. Respirou fundo e aliviado por sua mãe estar no banho. Entrou no cômodo designado para si com pressa e fechou a porta.

   Soltou um suspiro audível ao que passava as mãos pelos cabelos escuros e começava a andar pelo quarto em círculos. Caralho! Eu trouxe esse garoto caído do Céu para dentro da minha casa! Eu 'tô literalmente igual àqueles garotinhos de filme que trazem ETs para dentro de casa e têm que lidar com o governo depois! E se ele for perigoso?

   Observou Park Jimin de relance e viu este brincando com o móbile antigo de planetário que Jungkook ainda tinha em seu quarto. Ele não parecia nem um pouco perto de ser perigoso, além de que não entendia muito bem como a Terra funcionava.

   — Então quer dizer que você mora aqui? E o que é esse lugar dentro da sua casa?

   — Esse é o meu quarto, é onde eu durmo.

   — Parece legal, te protege do Sol? Porque é ruim dormir no chão da minha casa e ser acordado pelos raios da Solar na minha cara. – Soltou um risinho e continuou a brincar com os penduricalhos.

   — Quem é Solar?

   — Ah, ela vive na Estrela Mãe. Coordena tudo por lá e, apesar de viver por entre as chamas, é tão gentil.

   — A Estrela Mãe é o Sol?

   — Vocês têm uns nomes engraçados por aqui. – Riu como se o pensamento lhe fosse a coisa mais divertida do mundo ou, no caso, na galáxia.

   Torci o nariz um pouco, ele parecia inocente demais e ao mesmo tempo que já tinha visto de tudo. Eu nunca tinha visto... criatura? mais singular do que aquela. Vi quando começou a cutucar o edredom macio em cima da cama.

   — É... moço, o que é isso?

   — É um edredom a gente se cobre com isso para dormir, nos deixa quentes e é bem macio. E meu nome é Jeon Jungkook.

   — Hm, ok, Jungkookie.

   Ele apertou um pedaço da borda como se constatasse que aquilo era macio mesmo e depois encostou a bochecha direita sobre a coberta. Levantou a beirada, entrou por baixo lentamente, quase como um gatinho curioso, e então deitou-se sobre a cama macia.

   — Você não tem uma cama na Lua?

   — Não confortável assim. Eu durmo em uma cratera e, bem, você deve saber que uma rocha lunar não é muito macia.

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⏰ Última atualização: Aug 24, 2023 ⏰

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o menino que morava na lua ♥︎ jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora