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A escola estava movimentada, mais do que o normal. Alunos correndo para todos os cantos para contar a fofoca para o máximo de pessoas possível. Todos muito eufóricos, afinal, um maníaco na escola deles seria perigoso, não?

— Eles nem sabem se o menino é doido mesmo e já estão aí, morrendo de medo. — Allison disse para sua melhor amiga, tentando caminhar por aquele local com gente para todos os lados.

— Maníaco não é coisa boa, Allison. Vamos ficar no nosso canto que nada acontece. — Yongsun falou o mais alto possível.

E de repente, todos pararam. Pararam as gritarias, correrias, se bobear pararam até de respirar. Ele havia chegado.

À medida que Jisung ia andando, o caminho ia se abrindo. As pessoas se afastavam, porém mantinham seu olhar nele. Jisung, nem um pouco confiante, tentou passar o mais rápido possível, olhando somente para o chão. Levantou seu olhar apenas uma vez, que foi quando parou em frente a porta de uma sala que ele julgava ser a dele. Entrou ainda de cabeça baixa, deixando todos para trás boquiabertos.

— Ele é bonito para ser chamado de pscicopata. — Sooyoung, prima de Allison, falou assustando as duas meninas.

— Maníaco. — Jaemin, melhor amigo de Allison que surgiu do nada também, fez o mesmo que Sooyoung; assustou as meninas ali presentes, mesmo que sem querer.

— Que susto, vocês dois! — Yongsun reclamou. — De onde vieram?

— Da entrada? — Jaemin respondeu irônico, com uma pergunta.

Yongsun apenas fez uma cara de desgosto, enquanto Allison ria da situação.

— Parece que o maníaco é da sala de vocês. É sua chance, Alli. — Sooyoung disse um pouco antes de ir para sua sala.

Allison revirou os olhos e chamou seus melhores amigos para entrarem na sala. Assim que entraram, ela sentou em seu lugar, e acabou notando que Renjun, que era seu crush faz anos, ainda não tinha chegado. Por os dois serem chineses, foi mais fácil de eles se aproximarem, e foi mais fácil ainda de Allison se apaixonar.

Quando a srta. Choi chegou, a aula começou. E, como de costume, ela pediu que o aluno novo se levantasse e dissesse seu primeiro e segundo nome, seguido por sua idade e de onde veio. Com muita dificuldade, Jisung se levantou.

— Meu nome é Park Jisung, tenho 18 anos e vim de Busan. — ele apertou seus lábios ao ver que todos estavam olhando para ele. Jisung era um garoto muito tímido, além de ser quieto ao extremo. — Posso me sentar?

— Podemos fazer perguntas à ele? — Yeejin perguntou.

— Tudo bem por você, sr. Park? — Jisung não estava muito confortável com isso, mas ele acabou assentindo.

— Por que te chamam de maníaco? Tem um motivo especial ou é só um apelido... carinhoso? — todos, com exceção de alguns, claro, começaram a rir. Não da pergunta de Yeejin, e sim da cara que o garoto fez.

Allison apenas observava a situação calada em seu canto. Ela achava tão idiota o jeito que as pessoas daquela sala agiam.

A professora logo repreendeu Yeejin que achava graça junto com a turma.

— Posso me sentar agora? — quase impaciente, o Park perguntou.

— Espera! Eu tenho uma pergunta. — Jina disse.

Ela e Yeejin eram as duas mal amadas da escola. Junto com mais três meninas de outra sala, elas formavam o grupo das insuportáveis, segundo alguns alunos.

A srta. Choi respirou fundo e mandou Jina seguir em frente com sua pergunta.

— É verdade que você matou sua namorada?

— Chega, Jina! — a professora já sabia das intenções das garotas, mesmo assim deixou elas continuarem. Porém, aquele era o limite.

A parte de "matar a namorada", Jina havia inventado apenas para constranger o menino. Apesar disso, Jisung já estava acostumado com esse tipo de comentário sobre ele. Desde que voltou para Seul, sua vida passou a ser assim: triste e sem cor, esperando sempre o pior das pessoas.

Deixando os idiotas de lado, Park se sentou e finalmente a professora pôde começar sua aula.

(...)

Depois de duas aulas, veio o intervalo. Essa era a hora de todos relaxarem, esquecerem suas tarefas e apenas comerem e conversarem. Mas não, aquela escola era infantil demais para isso. Como o esperado, fizeram a típica brincadeira de "boas-vindas" com Jisung. Jeno derrubou seu lanche nele, dizendo que foi sem querer. E foi a vez de Mark. Logo depois de Jeno, ele colocou seu pé em frente ao Park, fazendo com que o garoto tropeçasse e derrubasse sua comida no chão. Ele não caiu, mas ficou sem comer. Seguidos dos Lee's, veio Haechan, que jogou água em Jisung.

— Agora sim! Bem-vindo, maníaco! — Jeno, o líder do grupinho, disse à ele.

— Ele está emocionado, olhem! — Mark disse rindo, apontando para o garoto que estava com os olhos marejados.

Jisung estava claramente envergonhado e incomodado. Ele já tinha passado por situações parecidas, mas sempre doía como a primeira vez. Querendo ou não, ele acabava ficando chateado no final.

— Toma aqui, esse é nosso presente de boas-vindas pra ti. — Haechan disse por último e entregou uma caixa para o menino em sua frente.

Já sabendo o que ia acontecer, Jisung pegou a caixa dada por Donghyuck, foi até a lixeira mais próxima e a jogou fora.

— Você vai nos rejeitar? Assim, sem mais nem menos? — Jeno perguntou chegando perto do menino, acompanhado de Mark e Haechan. — Desse jeito você me machuca, maníaco. — e colocou um de seus braços em volta do pescoço de Jisung.

O Park não falava nada porque ele sabia que seria pior caso tentasse se defender. No final das contas, Jisung suspirou profundamente e tirou os braços de Jeno de si, saindo dali.

— Volta aqui, Sunggie! — Haechan chamou e foi atrás dele com os outros.

Isso foi o que todos do refeitório viram. Poxa, era o primeiro dia de aula do menino e já aprontaram esse tanto com ele. Muitos acharam graça. "Não é problema meu, não tenho nada a ver com isso", pensaram. A maioria das pessoas daquela escola eram mimadas, todos ricos e filhinhos de papai. Tirando os bolsistas, que incluia Allison, Sooyoung e alguns outros alunos.

— Não concordo com isso. O que custa deixar o menino em paz? — Allison disse antes de colocar um biscoito em sua boca.

— Eles são assim, não podemos fazer nada. — Yongsun comentou, e Jaemin assentiu.

A prima de Allison estava com suas amigas, então apenas os três estavam juntos, já que Renjun havia faltado.

— Eu também não acho certo, mas... Vamos esperar para ver o que acontece, às vezes Jeno está fazendo isso apenas para chamar atenção.

— Tem razão, Nana...

MANIAC × PJSOnde histórias criam vida. Descubra agora