Capítulo|UM
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VINCENZO cerrou os dentes apertando sua mandíbula fortemente. Ele estava nervoso, irritado e tenso. O moreno mordeu o interior da sua bochecha, respirou profundamente na tentativa de acalmar seu temperamento e fechou os olhos evitando os olhares disparados na sua direção.Deus sabia o quanto ele lutava para manter seu temperamento neutro. Deus sabia o quão duro ele lutava contra sua ira.
Ele olhou para o homem em sua frente. O homem cuja vida escapava por entre seus longos e habilidosos dedos. O trabalho era simples. Entrar naquela maldita casa, achar as provas que incriminavam sua irmã e sair sem se quer deixar uma pegada. O homem sabia que tinha de evitar até o cachorro que guardava a casa. No entanto, não foi o que aconteceu. Mordecai não apenas matou o dono da casa com um tiro à queima roupa, como também seu cachorro.
Um pobre ser inocente.
Você foi tolo, não se pode confiar trabalhos que envolvem a segurança directa dos seus irmãos a outrem. Vincenzo ouviu a voz da sua mamma cutucar-lhe a mente.
Mordecai era seu executor, ele o conhecia bem o suficiente para saber que Vince não admitia erros. Trabalhos para ele tinham de ser limpos, sem rastros, sem planos secundários e principalmente, sem corpos deixados para trás. O palerma havia se desesperado e deixado a cena do crime sem uma limpeza.
Naquela altura o corpo já havia sido encontrado e Vince cheirava problemas há vista. Sua mamma chutaria sua bunda tão forte que ele não poderia sentar-se por semanas.
Mordecai sabia melhor que foder com um trabalho.
—Você sabe porque está aqui? —Vince perguntou ao homem loiro que evitou seu olhar. Para um assassino ele era a merda de um covarde. Além de burro.
Porque eu confiei nele por tanto tempo? Talvez porque ele não cometeste erros estúpidos.
—Sim, Boss.
—Que parte de nós não enterramos, jogamos corpos por aí ou deixamos uma cena sem limpeza você ainda não entendeu? Você os queima e joga a porra das cinzas naquele belo jardim que eu pacientemente cuido. Você porra acha que eu tenho seis bebés famintos para o que? Brincar de casinha? Jogue os pedaços na porra do cural e eles farão o resto. Inútil.
O som do tiro ecoou. O corpo do homem caiu pesado no chão coberto por um grande tapete branco.
Vince passou a mão pelo rosto, ele estava frustrado. Descalço e vestindo seu pijama verde musgo, ele olhou para seu pulso, para o relógio militar de alta tecnologia que monitorava seus batimentos cardíacos, assim como a localização dos membros da sua família. Eram quatro horas da manhã.
—Eu preciso da porra de um executor que saiba o que significa ser um Pitbull. De preferência um que também saiba cumprir ordens cazzo! —Berrou.
Seus tenentes estavam em pé na grande sala. Um de um lado e dois de outro. Todos com cara de merda, pareceriam acordados à horas. Seus corpos tensos e olhos cautelosos nas reações do Don da Cosa Nera.
Vince grunhiu irritado e serviu-se do café preto que sua Nana lhe trouxera. Ele bebeu um longo gole da bebida quente e sentiu-se um pouco mais lúcido. Ele mordeu o interior da sua bochecha novamente evitando um excesso de raiva, ele não era conhecido por ser esquentado como sua outra parte, Vince considerava-se mais sensato e frio que Enzo.
—Eu já tenho Ramirez informado Boss. — disse Giorgina. Sua Tenente era uma pequena mulher cujos grandes olhos castanhos eram tão vazios que por vezes causavam arrepios até para ele.
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VINCE - Lindos & Cruéis 1
RomanceDA AUTORA DA DUOLOGIA Submundo e TRILOGIA Bratva Copyright ⓒ O. E. DARARE #HOMO Dizem as más línguas que garotos bonitos carregam almas feias e doentias. Vincenzo é o verdadeiro oposto do seu irmão gémeo Lorenzo. A palavra que melhor...