Another Lonely Night.

Capítulo 5: Prazer, Doyoung.

A noite surgiu dançante entre um nuance de tonalidades, está que trazia consigo o vento gélido e arrepiante indicando o intenso frio da região.
Yoonoh sorria ao observar tantas sirenes da Polícia.
Eram tolos demais, pensava com um sublime sorriso rasgado nos lábios enquanto apreciava o leve sabor da nicotina se dissipando por debaixo de suas narinas.

Sabia que no fim não seria pego apenas por persuadir Doyoung com palavras. Sempre teve medo de que alguém tomasse seu lugar. Desde que o conhecera pensava assim, mas aos poucos vinha mudando, queria ter atenção exclusiva do outro, porém nem ele e nem ninguém o tentariam entender, o tratariam como doente mental.

- Tsc. - sussurrou com um tom rouco apagando o cigarro dentre seus lábios rachados. Os lambeu, sentindo o leve amargor da nicotina se expandir enquanto observava todo o caos de sirenes pelo terraço.
No fundo, estava se divertindo mutuamente com aquilo, por mais que sentisse a raiva colidir consigo mesmo pelas últimas palavras do menor, estás que ainda latejavam na cabeça.
Se lembrava da vez, cuja contratou Doyoung para o ajudar com as tatuagens. Na época os pedidos eram demasiados. Pois fora reconhecido como um dos melhores tatuadores do país. Mesmo que, agora continue a ser, será diferente entrar no local sem o garoto.

Yoonoh deixou um suspiro rouco escapar, terminando de observar os polícias checarem o apartamento do outro. Com sorte, pôde ficar de vista no terraço vizinho enaltecendo toda a visão alheia.
Aquela seria a chance de sair ileso dali, sem rastros e vestígios.
Foi até a porta que dava para uma escadaria, descendo apressado. Talvez hoje, sairia para beber num dos barzinhos da cidade. Tentaria por a cabeça' no lugar com uma boa garrafa de soju.

Soap Seoul - Coreia do Sul, 01:22m

O som da música alta era abafado entre doses de bebida, cada gole amargo provindo de mais.
As luzes neon da pista de dança faziam seus olhos arderem em dor, mas mesmo assim se divertia em ver alguns garotos dançarem até o chão.
Tinha uma intensa atração por aquilo. Porém, nenhum deles dançava tão bem quando Kim Dongyoung quando estavam a sós.
Aquele garoto sabia remexer o corpo como ninguém, podendo até causar-lhe espasmos significativos apenas por encara-lo demais.
Talvez agora, se pusesse as mãos em um desses garotos, teria a intensa sensação de estar tocando Doyoung.
No entanto, não deveria. Não deveria cair em tentação, não enquanto este mesmo garoto poderia estar por aí entregando o corpo para outros homens.

E, odiava, odiava intensamente quando tocavam no que era seu.

Afundado neste pensamento, cerrou com força os punhos rindo histericamente.
Podia sentir o bom sabor do uísque se expandir dentro da sua cavidade, e era entretanto, delicioso. Não saiu antes de terminar o copo inteiro, assim indo embora, enfrentando sozinho as ruas frias daquela madrugada, sem ao menos saber para onde andava. Caminhava no piloto automático.

Quando percebeu, Yoonoh estava em frente ao antigo apartamento, parando na porta e pegando as chaves no bolso, assim conseguindo entrar. Encarou a bagunça que havia feito, rindo baixo e mantendo o fino rasgo inclinado que seus lábios formavam. Jogou a jaqueta em um lugar qualquer, no caso a deixando atirada na estátua que Dongyoung tanto amava. O Jung caminhou pela sala, abrindo os braços e girando enquanto ria, acabando por cair no sofá pela falta e equilíbrio causada pela embriaguez.

Sua risada cessou aos poucos ao que encarou os porta retratos, ficando de pé e buscando uma garrafa de bebida na geladeira. Caminhou novamente até o baú com os porta retratos em cima, pegando um deles e virando um gole da cerveja. A foto emoldurada era de uma das viagens que haviam feito juntos.

— Você ainda me ama... Eu tenho certeza... Logo logo vai voltar para mim.

Jaehyun sorriu, ajeitando o quadro e tirando o pó de cada foto. Organizou o apartamento todo, o limpando completamente e tomando um banho longo, no qual não tirava o moreno de deus pensamentos.

— Sempre fui um bom dono. Ele vai voltar... Só preciso de flores e mostrar arrependimento.

Riu baixo, deslizando a mão pelo próprio peitoral enquanto se ensaboava.

— Aquele coração vai ser pra sempre meu. Ele pode transar com quem quiser, ninguém vai tocar ele como eu ou fará ele gemer como eu faço... Ele sabe disso...

Suspirou tocando sua ereção acidentalmente, sentindo o membro pulsar contra o abdômen.

— Só de pensar no meu cachorrinho eu já fico assim... Mal posso esperar para vê-lo novamente... Fiz bem em lhe dar uma coleira de guia curta... 

Gemeu baixo enquanto se masturbava debaixo do chuveiro quente. As mãos iam e voltavam devagar, apertando seu membro duro.

— Se fosse muito longa, ele poderia se enforcar... E a única coisa que quero que o enforque, são minhas mãos, Dodo...

Jaehyun passou a penetrar o espaço que criou ao fechar as mãos, gemendo enquanto chamava pelo amado e sentia as costas tocarem o azulejo frio e molhado. Não demorou muito para que ele gozasse, sujando as próprias mãos e resmungando por ter que limpar sozinho. Dessa vez, não havia Kim algum que o ajudaria. Após finalizar o banho, o homem se vestiu e dormiu pacificamente na cama do casal, esperando um novo dia começar para ir atrás do seu garoto.

N.A: Eu meio que abandonei a escrita, mas estou tentando voltar. Terminei de escrever esse capítulo agora, e vou tentando voltar a escrever os próximos. Espero que estejam gostando!! Eu amo ver suas reações e comentários. Isso motiva demais.

O projeto tinha a ideia inicial de ser uma escrita conjunta, e o início desse capítulo foi escrito por uma menina muito talentosa! Espero que tenham amado a escrita dela tanto quando eu amo. Infelizmente, não nos falamos mais, então seguirei escrevendo sozinha. ❤️❤️ obrigado pelo apoio!