Capítulo 3: A noite.

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Seul, a capital da Coreia do Sul, é uma grande metrópole onde arranha-céus, metrôs de alta tecnologia e a cultura pop se misturam com templos budistas, palácios e mercados de rua. Entre as tantas ruas dessa grande cidade, acontecem munches periódicos. Os munches geralmente ocorrem em um restaurante, bar ou cafeteria. O organizador costuma reservar uma mesa grande, uma área afastada ou uma sala privada para a realização dos encontros. As pessoas são livres para chegar e sair dentro do horário especificado. O objetivo principal é socializar, embora alguns eventos também tenham anúncios ou manifestações de organizações ou indivíduos locais. Os munches são feitos para ajudar aqueles que têm curiosidade sobre o BDSM a conhecerem outros, tornarem-se mais confortáveis ​​e melhor informados. Munches também pode ser um local para obter conselhos ou transmitir histórias sobre experiências de BDSM. Era nisto que Doyoung havia se metido.

Chittaphon Leechaiyapornkul era o organizador do evento. O tailandês era bem conhecido no meio BDSM assim como no financeiro. Sabendo da procura do amigo por um submisso, resolveu aproveitar para organizar um grande encontro com praticantes da comunidade. Alugou o salão e alguns quartos de um hotel de luxo para receber os convidados a partir das 23:30. Chegando o horário, Ten adentrou o salão e cumprimentou aqueles que já estavam presentes, socializando com alguns submissos, flexíveis e dominadores. Logo avistou Youngho passando pela porta de entrada, se aproximando dele com duas taças de champanhe.

-- Boa noite, Senhor Johnny. - lhe estendeu a taça, brindando em seguida.

-- Boa noite, Ten. - sorriu aceitando a bebida e sorrindo de canto. - Então, chegou a encontrar alguém interessante?

-- Nem pra mim e nem pra você... mas acabou de começar... tente conhecer os submissos, principalmente os que serão leiloados, afinal, seria péssimo termos lances baixos.

-- Certo... vou dar uma volta pelo salão. Boa sorte.

Johnny sorriu erguendo levemente a taça, dando mais um gole e se afastando, buscando assim trocar algumas palavras com quem o chamasse a atenção. Doyoung e Taeyong haviam se preparado para aquela noite, ao ponto de que os próprios garotos estranharam um ao outro ao se encontrarem na sala.

-- Okay, qual vai ser seu nome falso? pensou num, certo?

-- Hm... eu não sei...

-- O meu será TY, ok? Não esqueça... você pode ser...-

-- Que tal Dandelion? É minha flor favorita...

-- Eu gostei!!! Ok. Pronto?

-- Pronto. - disse ajeitando a mochila com sua muda de roupa dentro.

-- Let's goooo!!

Taeyong e Doyoung riram, logo entrando no carro e dirigindo até o endereço. Ao chegar no hotel, foram até o quarto que seria o camarim. Taeyong não tinha permissão para entrar, deixando assim um Doyoung nevoso para trás. O garoto entrou no quarto, deixou a mochila no seu lugar e saiu para socializar, reencontrando TY o esperando no fim do corredor.

-- Tudo certo. Vamos nessa.

Ambos pegaram uma taça de bebida e se separaram para conhecer o local e quem o estava frequentando. Johnny já estava um pouco frustado em relação aos homens que conversava. TY e Ten acabaram se cruzando no corredor e começando a conversar, o que fluiu muio bem para ambos que logo estavam trocando os números e alguns beijos escondidos. Algumas horas se passaram e Dandelion estava esperando sua vez de subir no palco, fazer sua apresentação e ser comprado por algum dominador. Ao ser chamado, o Kim respirou fundo e subiu no palco. Usaria um pole dance para performar ao som de Dangerous Woman, cantada por SoMo, certificando-se de estar nu ao fim da apresentação.

Quem comandava o leilão era um homem chinês, mais conhecido como Lucas. Após o termino da musica, Lucas se aproximou de Dandelion e deslizou a mão por seu tronco, chegando no membro exposto do garoto e provocando a área que continha um piercing. E então os lances começaram com o calor de 100 mil reais. Sobem para 250 mil, 300, 500, até Johnny, que observava tudo com os olhos vidrados nas micro-expressões de prazer do submisso, se manisfestar oferecendo um milhão de reais pelo menino.

-- Dole uma... dole duas... tres. Vendido. - Lucas sorriu e se afastou. - Não esqueçam de assinar o contrato antes de saírem.

Relembrou enquanto pegava um lenço umedecido, limpava as mãos e as higienizava, logo anunciando o próximo garoto que seria leiloado. Doyoung estava quase que paralisado... havia acabado de ganhar aproximadamente um milhão de reais em poucos minutos. Saiu do palco com uma reverencia, indo direto para o camarim e se trocando. Saindo de lá, assinou o contrato e teve seu primeiro contato com o dominador

-- Boa noite, Senhor. - desejou reverenciando o homem em respeito, obediência ou apenas nervoso.

-- Boa noite, Dandelion. Gostei de seu nome. Aqui, pode me chamar de Johnny. - estendeu a mão para o garoto apertar.

-- Prazer, Johnny. - sorriu envergonhado observando as mãos alheias e como os anéis que o homem usava deixavam-o mais atraente.

-- Vamos?

-- Para onde?

-- Para casa...

-- Ah... sim...

TY já havia avisado Doyoung que estaria atrás de um garoto que havia conhecido, sendo assim, ele não precisava se preocupar, e ambos combinaram de ligarem um para o outro caso algo acontecesse. Dongyoung concordou em seguir Johnny até seu carro enquanto enviava uma mensagem avisando Taeyong sobre o que estava acontecendo. Teve sua performance elogiada pelo amigo e boa sorte desejada acompanhada de vários corações e emojis insinuando safadeza. O Kim riu e entrou no carro, colocou seu cinto e observou o homem fazer a volta no automóvel e sentar no banco do motorista.

-- Hm... eu posso ligar o rádio, senhor? - perguntou quase inaudível enquanto o mais velho colocava o cinto e dava partida.

-- Claro. Fique a vontade.

Youngho desejava que o mais novo ficasse confortável na sua presença, assim tudo seria mais fácil de fluir para ambos. Acabou suspirando um tanto pesado ao notar seu membro ereto dentro da calça, tudo culpa da apresentação do garoto no banco ao seu lado. Doyoung percebeu o volume entre as pernas alheias, tirou o cinto e se aproximou do rapaz, reclinando o banco do homem, assim ganhando mais espaço para se agachar no meio de suas pernas e abrir sua calça.

-- Mestre... permita-me ajudá-lo? - pediu passando a bochecha de leve na coxa alheia em um ato descarado de provocação.

Another Lonely Night.Onde histórias criam vida. Descubra agora