ESTE CAPÍTULO PODE CONTER GATILHO - RELACIONAMENTO ABUSIVO. (violência e assédio)
Taeyong e Doyoung trabalhavam calmamente durante uma tarde ensolarada de sexta-feira. A cafeteria aconchegante estava um tanto movimentada, mas nada que os garotos não pudessem lidar bem com a ajuda da gerente. Taeyong anotava os pedidos e Doyoung preparava as bebidas, e pela correria, ambos não estavam conseguindo conversar como de costume. Ao fim do expediente, a cafeteria foi fechada e o trio se dividiu para limpar o chão, as mesas, maquinas e balcões, revisar os produtos e fechar o caixa.
— Finalmente!! Não aguentava mais... - confessou o Lee deixando um suspiro cansado sair.
— Hoje foi um dia cheio. Parabéns rapazes. O que acham de irmos jantar? - perguntou a chefe.
— Faz um tempo que não fazemos isso! Eu adoraria! - expressou um Taeyong sorridente.
— Pra isso você não está cansado né? - ela riu se virando para o Kim. - E você, Doyoung? Vamos?
— Ah eu to muito cansado pra isso... melhor eu ir pra casa...
— Ah não, Doyah~ vamos vamos vamos. Eu pago uma cerveja pra você!!
— Hmmm só uma cerveja?
— Eu pago frango frito pros dois... - disse a gerente na tentativa de persuadir o Kim.
— Vamos, Dodo!!
— Está bem. Eu vou.
A dupla comemorou e assim os três se trocaram e saíram da cafeteria, rumo ao restaurante. Doyoung pegou seu celular e enviou uma mensagem ao seu namorado antes que este desconfiasse de seu atraso.
"Boa noite. Vou chegar mais tarde dessa vez. Tenho um jantar do trabalho. Chego antes das 23."
O garoto nem se preocupava mais com apelidos fofos ou coisa do tipo, já fazia um tempo que estava tentando terminar seu namoro. Odiava a prisão que vivia nas mãos daquele homem, mas como toda prisão, não estava sendo fácil se livrar das algemas que o prendiam.
Chegando no restaurante, o grupo de colegas e amigos escolheu uma mesa e começou a beber e comer enquanto conversavam sobre tudo. Um pouco alterado, Doyoung desabafou sobre seu namoro e buscava encontrar maneiras seguras de romper o relacionamento que já não era o mesmo de anos atrás. O tempo passou e o alarme marcando 22:30 tocou. O Kim se despediu da dupla que continuaria ali por mais um tempo e chamou um uber que o levou seguramente até em casa. Cumprimentou o porteiro, subiu no elevador e digitou a senha na porta de casa. Entrou tirando os sapatos, os deixando no canto, e trancou a porta antes de passar pelo corredor e ir ate a cozinha. A casa estava escura e silenciosa, o que já era normal e até da preferencia do moreno. Significava que não precisaria ficar conversando com o parceiro. Enquanto tomava sua água, o som de passos se tornou mais alto, indicando a aproximação de alguém.
— Onde você estava?
— KFC.
— Com quem?
— Taeyong e Jaehee.
— Fazendo?
— Comendo e bebendo. Algum problema?
— Não passou pela sua cabeça que eu estaria em casa e com fome?
O homem se aproximava a cada pergunta e resposta dada.
— Passou sim, Jaehyun. Por isso temos comida nos potes e dinheiro guardado. Além disso, eu avisei que chegaria tarde e já teria jantado. Você visualizou a mensagem.
Dongyoung enxaguou o copo e o colocou para secar antes de se virar e ter as mãos fortes agarrando sua cintura e o rosto alheio cheirando seu pescoço.
— Eu já mandei você não ficar de agarramento com o Lee, não mandei?
— Mas nós não - a falta de ar começou a se fazer presente ao que a mão de Jaehyun abandonou a cintura de Doyoung e passou a envolver seu pescoço.
— Você é uma putinha de baixa qualidade, Kim... quer dizer que você bebe e da para vários caras? Seja honesto... você gosta de ser usado e descartado, não é?
Jaehyun passou a abrir as roupas alheias e apalpar o corpo do Kim com força, mas o garoto já não suportava mais.
— Não. - Dessa vez não abaixaria a cabeça e seria usado pelo Jung. - E não serei mais usado por você.
Talvez fosse o álcool controlando seu corpo quando o garoto segurou a mão em seu pescoço e encarou o homem a sua frente.
— Desde quando você tem permissão para me tocar? - e assim Yoonoh desferiu um tapa forte na face do coreano. - Saiba seu lugar, Doyoung.
— Yoonoh, saia da minha casa.
— Sua?
— Minha. Sai. Eu não vou mais tolerar que você me trate como sua propriedade...
As coisas não saíram nada conforme o planejado. Jaehyun enlouqueceu o suficiente para desferir socos e chutes, passando a destruir o máximo possível da mobilha do apartamento. Os barulhos de moveis sendo jogados, vozes altas e vidro sendo quebrado chamavam a atenção mesmo a andares de distância. Contudo, nenhum vizinho parecia querer intervir, restando a Doyoung rezar para sair vivo. Após tanto tempo de angustia, Yoonoh pareceu satisfeito observando o estado que estava o apartamento, sem nem perceber que o proprietário do local já nem estava mais la.
A policia havia sido acionada e o Kim se encontrava em um motel barato onde passaria a noite. Naquele lugar de tons apagados e luz fraca, Doyoung cuidou de suas feridas e adormeceu exausto. Se consolava com o fato de que estava vivo, de que o fim de seu inferno particular se aproximava e se orgulhava de não ter se calado mais uma vez. Agora tudo mudaria para ele. O que lhe restava era ser positivo, esperançoso e perseverante.
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Another Lonely Night.
FanfictionUm jovem tatuador, obrigado a participar de um munch após o término com seu ex abusivo, e um camboy famoso a procura de um novo submisso para suas transmissões. Essa é a história de como os caminhos de Kim Dongyoung e Seo Youngho se entrelaçaram por...