Dark Hero - Supercorp

Capítulo 6 - Terminar o que começamos.

Kara encontrava-se em sua sala na CatCo, trabalhava em um artigo grande que Andrea pediu especialmente para ela fazer. Escutou alguém bater na porta e pediu para que a pessoa entrasse, pode ver Andrea adentrando o local com um sorriso simpático no rosto.

- Olá garota Pulitzer, procurei ontem você para elogiar o artigo corrigido mais não te encontrei, Nia me avisou que você teve uma emergência e precisou se ausentar. Tá tudo bem?

- Sim, foi só algo que eu precisei resolver e não podia esperar, e quanto ao artigo peço desculpas outra vez. – A repórter falou nervosa, ajeitando os óculos.

- Não precisa, essas coisas acontecem.

- Sim, me falaram isso mesmo. – Kara diz fazendo a latina sorrir de sua expressão chateada.

- Então... você soube da invasão a L-Corp ontem? Nós divulgamos uma nota, porém nada sensacionalista, não sabíamos exatamente o que aconteceu.

Isso foi uma das coisas que fez Kara simpatizar com a CEO, ela gostava de um jornalismo limpo.

- Sim, parece que uns homens invadiram a L-Corp, e teve alguns mortos. – A loira disse com pesar.

- Sim, realmente uma tragédia, bom, mas a Supergirl esteve lá, ajudou a salvar as pessoas.
Nesse momento Kara franzi o cenho, como se não tivesse gostado da menção a heroína e Andrea percebeu.

- Pensei que gostasse da Supergirl. – A latina diz. – Vocês têm uma certa... proximidade, não é?

- Ah... sim é claro ... não tão próximas assim.... ela lá salvando as pessoas e eu aqui escrevendo sobre isso... bom quer dizer... não é só isso que eu escrevo né... tem outras coisas. – Kara começou a devagar.

- Calma Danvers, isso tudo é medo da nossa heroína?

Rojas percebeu o nervosismo da menor, e aquilo foi apenas mais uma peça no seu quebra-cabeça sobre Kara Danvers. As saídas toda vez que algo acontecia, ela nunca estava na CatCo quando a heroína estava salvando as pessoas, elas compartilhavam muitas semelhanças, o fato de ela ser uma repórter muito próxima a Supergirl, tudo isso contribuiu para ela começar a juntar peças, e quanto mais tempo passava mais esse quebra-cabeças fazia sentido.

- Não, temos um relacionamento... bom – A loira fez uma expressão como se rejeitasse o que acabou de dizer. 

- Entendi, os homens estavam bem armados pelo que me disseram, agiram de forma agressiva com os reféns, quase conseguiram fazer seja lá o que queriam. – A latina seguiu a conversa.

- Acho que quase não se aplica aqui, já que o que eles queriam era só uma ideia e nada mais.
A Danvers menor diz tudo isso de forma natural, como se nada tivesse errado e Andrea percebendo suas palavras aproveita esse momento.

- Você falou com a Supergirl ou com a Lena sobre o ocorrido?

- Não, ainda não tive oportunidade de investigar.

Não teve? A CEO pensou.

- Certo, espero que esses homens não voltem tão cedo.

- Também queria acreditar nisso.

Dito isso a loira se perde em pensamentos, com sua mente vagando sobre os acontecimentos de ontem, aqueles homens com toda aquela tecnologia, o fato de ter escutado o que escutou no DOE.

- Eles podem fazer parte de alguma coisa? Já fizeram algo assim antes? – Andrea pergunta.
- Aqui não.

A super responde, ainda distantes. Certo agora as dúvidas de Andrea se caminharam para algo mais além disso, como ela saberia de algo assim? Tá ela era próxima de Lena e Supergirl, mas afirmou não ter investigado nada.
A loira não se tocou que tinha entregado informações para a CEO, e isso era mais um dos sinais que ela não estava 100%, longe disso, sua mente já não trabalhava direito, seu trabalho tanto como Kara Danvers ou como Supergirl estava sendo afetado, e sua falta de percepção e entrega de informações que deveriam ser confidenciais, refletiam isso.
Kara olhou em direção de Andrea, que a encarava como se tivesse desenterrando um tesouro, a loira aos poucos foi assimilando aquela conversa que acabou de acontecer, o que eu estou fazendo? Pensou. A CEO mostrou um sorriso divertido e deixou a repórter sozinha.
Quando Nia entrou na sala de Kara, encontrou ela nervosa e andando de um lado para o outro.