capítulo 4

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Taehyung não estava tendo um bom dia e sua irritação só aumentava a cada segundo que não tinha Johnson em suas mãos. Acabou descontando a raiva que estava sentindo em todos ao seu redor, sem se importar. Seus homens lhe trouxeram a informação que Johnson estava sendo protegido por uma gangue e isto o enfureceu. Ele ia pegá-lo de um jeito ou de outro e não seria uma gangue que iria impedi-lo.

Apesar da postura calma, por dentro ele estava queimando descontroladamente em raiva. Alimentando sua sede por vingança. Não era o momento para eliminar a gangue que protegia seu inimigo, mas ele não se importaria em acabar com eles antes do prazo. Seu pai sempre dizia que nunca deveriam matar aquilo que lhes era útil, o que não significava que não mudaria os planos.

— Chefe, o que fazemos com o gangster? — Jimin perguntou, referindo-se ao homem que tinham como prisioneiro desde a madrugada.

— O mate e mande a cabeça dele para aquela maldita gangue como aviso.

Taehyung levantou e ficou frente a frente com Jimin, seu homem de confiança. — Eu quero Johnson pra ontem, Jimin, se a merda da gangue não o entregar nós vamos entrar naquele lugar e matar todos. Não sobrará uma maldita alma!

— Entendido, chefe.

Jimin se virou e saiu da sala indo para cumprir suas ordens.

Taehyung voltou a se sentar com a mente cheia de planos de vingança. Obrigou seu corpo a se acalmar por dentro e olhou as horas, viu que estava na hora de ir para casa almoçar. Encontrou-se ansioso para ver Yuna novamente, precisou forçar sua mente a agir como o homem que era e não como um adolescente em seu primeiro encontro.

[…]

Quando chegou à sua casa, ele seguiu para cozinha onde gostava de fazer as refeições e viu Sonia terminando de montar a mesa para o almoço.

— Sonia, onde ela está? — Ele perguntou.

— Você sabe que isto assusta a merda fora de mim, não chegue assim tão silencioso menino. — Ela o repreendeu. Taehyung sorriu levemente, pois ela e sua mãe eram as únicas pessoas que tinham coragem de falar assim com ele e seu irmão.

— Não respondeu minha pergunta — disse ele.

— Sentada no jardim.

Ele não esperou que ela dissesse mais nada e também não agradeceu pela informação, se virou e andou rumo ao jardim. Andou em passos silenciosos e parou ao vê-la sentada em um banco de madeira aproveitando o pouco sol que tinha.

Ela estava diferente, usava um vestido rosa pálido bem bonito que moldava perfeitamente seu corpo. Tinha mangas curtas, decote discreto e ia até seus joelhos. O vestido tinha a saia rodada deixando-a com um ar de menina ainda mais doce e fascinante do já era. Seus cabelos castanhos estavam bem tratados e pareciam muito macios e sedosos, fazendo as mãos de Taehyung coçar para testar a maciez de seus fios.

— Quem está aí?

A voz doce dela o tirou de seus pensamentos.

— Como sabia que eu estava aqui? — Ele questionou e mais uma vez duvidara de sua cegueira.

— Seus passos não são tão silenciosos assim. — Ela respondeu educadamente.

Ele caminhou e se sentou ao lado dela.

— Sua resposta não me convenceu. — Ele disse sério.

Taehyung puxou em sua mente todo seu caminhar até ela e sabia que tinha sido cuidadoso em seus passos.

— O bom de ser cega é que minha audição melhorou muito, seus passos são silenciosos, mas em um lugar sem nenhum ruído como esse é fácil para mim te identificar.

Kim ⚡ TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora