capítulo 11

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Taehyung abriu a porta do quarto de Yuna devagar de uma forma que não fizesse nenhum barulho e entrou. Forçou a se concentrar para fazer seus passos leves e mais silenciosos do que de costume. Sabia que ela tinha uma audição excelente, que mesmo sendo cuidadoso yuna sempre o ouvia se aproximar.

Fechou a porta atrás de si e caminhou até a cama onde ela dormia tranquilamente. Acendeu o abajur ao lado e pôde ver seu rosto, levemente se sentou ao seu lado tomando o cuidado de não acordá-la.

Ela ressonava suavemente e ele estava hipnotizado com sua beleza. Seus cabelos estavam esparramados no travesseiro branco destacando com seu tom de castanho natural, encantador. Uma única mecha caía sobre seu rosto e ele ergueu a mão para colocá-lo para trás, onde podia ver melhor seu admirável rosto. Taehyung se perdeu em seus sentimentos e pensamentos. Yuna mudou algo dentro dele.

Ele daria sua vida para protegê-la se fosse preciso e esse pensamento o assustou. Mas o que mais ele poderia fazer? Ele teve um inferno de vida, porém, ela sofreu algo ainda pior.

Cresceu sem sua mãe e é frágil demais para se proteger. Sua raiva por Otaviano Johnson aumentou em níveis perigosos, como poderia cegar sua própria filha? Ele não sabia o que passava na cabeça desses pais, já que seu pai também não foi o melhor do mundo. A diferença era que ele podia se defender. A sua raiva era quase palpável por lembrar-se de que Johnson a empurrou da escada com a intenção de matá-la.

Seu pai, ao menos, o treinava para ser o mais forte de todos e não atentava contra sua vida, sabia que O Kim mais velho tinha orgulho dos filhos que criou. Filhos fortes, resistentes e, principalmente, por terem se tornados mafiosos e assassinos iguais ao pai. Mas Johnson acreditava ser pai de Yuna e ainda sim tentou acabar com a vida dela.

Cada vez que ele pensava nisto o fazia ter vontade de agarrar a mais nova em seus braços e mostra-lhe que não está mais sozinha, que iria protegê-la enquanto vivesse.

Taehyung cerrava os dentes de uma forma que poderia até mesmo quebrá-los com tamanha força que usava, estava difícil demais controlar seus impulsos.

Era um absurdo saber que estava perdendo seu controle, aquilo o deixava com mais raiva. Precisou respirar fundo algumas vezes lidando com a raiva incontrolável em seu peito, até que viu os olhos de Yuna se abrirem assustados.

Obrigou a cada músculo do seu corpo se acalmar para que não a assustasse mais.

- Sou eu - disse baixo em tom ainda frio.

- Tae? - Ela ofegou seu nome e pôde ver o alívio em suas feições.

- Não queria te acordar.

- Pensei que não viria.

- Eu disse que ia vim te ver e eu cumpro minhas palavras.

Seu tom duro chocou a garota e logo Taehyung se arrependeu.

- Sinto muito pelo meu tom de voz, só estou tendo dias difíceis demais.

- Tudo bem.

- Volte a dormir e descanse.

- Que horas são?

- São duas da manhã.

- Deveria estar descansando também.

- Estou sem sono.

- Deveria tentar.

Ela disse em um tom suave e baixo. Taehyung passou a mão pelo rosto dela em um gesto de carinho e logo se abaixou para beijá-la.

O beijo mais doce que já deu em uma mulher, nunca havia experimentado algo tão suave e ao mesmo tempo provocador. Ela abraçou seu pescoço e suas mãos pequenas e delicadas acariciavam sua pele nua fazendo sua libido subir em níveis muito elevado. Ele não podia continuar com a suavidade, precisava dominar seus lábios e explorar cada pedacinho dela.

Kim ⚡ TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora