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Me levantei sem pressa e fui andando até casa sem nem olhar ninguém à minha volta, não queria ver mais sofrimentos de ninguém na minha volta. Nem me importei para onde aquele garoto foi, pois sinceramente eu dei a entender que foi paranóia. O tempo deve ter parado em minha cabeça e assim eu ter visto alguém que nem deve existir, e depois quando ele se foi embora, eu voltei à realidade.

Claramente foi isso.

Foram apenas alguns minutos para eu finalmente estar em minha casa, eu não queria mais sair. sem estar conscientemente preparado para o que eu vejo das pessoas, eu tenho de me mentalizar que será difícil, mas isso nunca vai acabar, eu sou assim.

Liguei a televisão e percebi que maior parte dos canais mostravam vidas felizes mesmo sendo de ação, cada vez que eu me colocava no lugar daquelas pessoas eu via uma vida perfeita, sem nenhum tipo de problema psicológico, uma vida pela frente, sonhos para cumprir.

Eu sinto que não devia estar andando sobre a terra se é para ser tão infeliz. Eu sei que não fiz nada enquanto o que me aconteceu, mas sinto que tudo é culpa minha por ter assistido. Mas eu era uma criança, crianças são curiosas até um certo ponto em que se arrependem de serem desse modo..

Mas eu não merecia ser deixado à vida desse jeito, sem família, sem amigos, sem nada...

Coloquei, por fim de longas procuras, um filme de terror. Por minha sorte - eu acho que era sorte - o filme falava sobre um orfanato que tinha supostamente virado uma casa, a casa de uma das crianças que fora criada naquele orfanato. Agora adulta, ela continua com seu sonho, mas ao ser filho desaparecer - o mesmo falava com amigos imaginários, o que eles achavam normal e não deviam achar pois eu acho que a casa estava assombrada pelos espíritos das crianças que moravam antes naquele local - percebeu onde tinha se colocado. O filho já tinha de uma forma fugido na praia para uma gruta para falar com seu amigo imaginário, mas quando ele desapareceu de verdade, ele não estava lá, ele não se encontrava em lado nenhum, ao ponto de pensarem que ele iria ser encontrado morto...

Mas diante isso descobre-se muita coisa, pelo simples garoto, sobre seus amigos imaginários... Confuso, mas não foi de todo ruim, já vi piores.

Na minha opinião esse filme foi no âmbito perceber que nem tudo se pode levar para o lado ruim sobre esse contexto, mas também não sou muito de teorias e não quero me colocar por total dentro do filme, pois sempre vejo a vida de todos perfeita.

Eu nem amigos imaginários tenho como o garoto.

Peguei minha girafa e olhei ela, na iniciativa de ter a mesma relação como tinha com Bine.

- Eu ainda não te dei nome bixinho. - Peguei seus bracinhos e fiz com que me abraçasse. - Mesmo que você se sinta de lado por eu sentir falta de Bine e você não ser ele, não se preocupe. Eu gosto de você também. - Eu nunca sequer tinha dito essas palavras, não falava com essa girafinha, eu nem falava com Bine por achar que já era velho de mais, mas sempre o abraçava de noite. - Acho que vou te chamar YuYu. Simples, mas combina com sua figurinha de girafa. 'Tá bom para você esse nome? - Com minha desta eu fiz com que a nova YuYu acenasse que sim com sua cabeça. Acabei sorrindo involuntariamente, estava gostando de me sentir finalmente dessa forma mesmo que só conseguisse com um simples animal de peluche.

Mas não tem nada que possa mudar. cada vez acho que minha vida vai se resumir a falar com bonecos pois já pensei até em ter um gato, mas até com esse simples gato eu consegui ver seu sofrimento...

Eu claramente só não me chamo de psicopata pois eu não ajo, eu apenas vejo as coisas que minha cabeça sugere.

O nome do gatinho era Yeon, mas decidi o dar a uma pequena instituição de animais e ficar sozinho por completo. Um dia eu acredite que possa ver Yeon de novo, mas que não seja com essa visão perturbada que eu tenho.

- Bom YuYu eu vou comer algo, mesmo que não pareça mais um ser humano eu preciso de me alimentar. - Me levanto indo pegar algo em minha geladeira e a escolha era extremamente pouca, mas eu não podia fazer nada até conseguir um emprego que me sustente.



- Soobin P.O.V - 

- Parece que hoje não teremos ninguém mesmo. - Taehyun falou ao entrar em minha sala. Suspirei e me levantei.

- Eu estou seguindo o meu sonho e acredito que corra tudo bem, além de mais não estou sozinho, tenho você e HueningKai do meu lado.

- Beomgyu também se ofereceu para ajudar mesmo ocupado com o trabalho dos pais, HueningKai irá ajudar antes de ir para a escola de condução. Eu vou me disponibilizar o tempo inteiro pois eu aceitei trabalhar para você.

- O dinheiro que eu vou recebendo vai dar para te dar um salário e quem sabe eu não contratar o HueningKai depois de tirar a carta. - Taehyun sorriu.

- Você nos ajudou com nossos problemas, é a nossa vez de te ajudar. Alem de mais, eu não estava conseguindo trabalho e você, mais uma vez me ajudou.

- Amigos servem para ajudar. - Dei um pequeno sorriso. - Mas agora mudando de assunto, sinto que a sociedade cada vez mais se fecha para seus sentimentos, eu consigo ver na cara delas que algo não está bem, mas pedir ajuda costuma ser o maior obstáculo com o medo de ser julgado pelo seu passado ou algo que acontece recentemente, mas eu aprendi com minha mãe que não se deve julgar o livro pela capa.

- Sua mãe como está com muito trabalho carregado vai te ajudar e te dar oportunidade de mostrar o quão bom você está na profissão de psicólogo/terapeuta. Vou para minha sala fazer as fichas que me pediu para os clientes quando chegarem.

- Pode ir. - O mesmo saiu de minha sala e eu suspirei, eu realmente dei de tudo para ter o que tenho agora, minha profissão de sonhos é esta e eu quero abdicá-la com o meu melhor.

Eu quero ajudar quem precisa de ser ajudado.






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Voltei meus amores, espero que estejam gostando e espero também que esteja tudo bem com você.

Muitos mimos nas outras fics postadas, logo logo virei com att de ambas. <3

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⏰ Última atualização: Jun 07, 2020 ⏰

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Black Colored - YeonbinOnde histórias criam vida. Descubra agora