COLOQUEM-SE CONFORTÁVEIS PARA A LEITURA E...
BOM PROVEITO.🔇Assim como todo artista há um momento determinado em que a arte se revela parte dele, talvez tenha se revelado demasiado cedo em mim, tão cedo que quando descobri a minha veia artistica não soube o que fazer dela e nem ela soube o que fazer de mim.
"A arte é uma força imanente
Não se ensina não se aprende
Não se compra não se vende
Nasce e morre com a gente"
-António Aleixo.
Foi este o primeiro poema que declamei, é muito significativo para mim como poetisa e não vejo maneira melhor de explicar o nascimento da veia artistica se não com base nestas palavras.
A forma como cada artista se encontra com a arte é única, alguns chocam com ela e vêem-se na mesma; na forma como ela é livre e conceitual, outros sentem um desejo indomável de fazer a diferença com as suas acções associando-se naturalmente a ela, e há até mesmo quem se encontre com a arte de forma inconsciente como um refúgio para livrar-se de alguma frustração e acaba por se tornar um vício; sim! Sim a arte é um vício para o artista e ainda que o artista tente largar a arte a arte não larga o artista, é quase inevitável! Mas especificamente sobre esta resistência da arte falarei no próximo capítulo.Até onde a minha mente permite-me saber a minha primeira luz surgiu do meu gosto exacerbado pela música, um dia percebi que música não eram apenas todas aquelas palavras com melodias que me faziam sentir bem, percebi que a música era também a forma como alguns de nós escolhemos partilhar os nossos sentimentos, as coisas que nos têm feito bem ou que nos têm incomodado; sendo assim tinha eu cerca de 8 anos de idade quando escrevi o meu primeiro poema, na minha cabeça era uma música mas o conteúdo com o qual tive contacto mais para frente fez-me perceber o que realmente era, na verdade o termo correcto seria quando pensei, pois não cheguei a colocar num papel nem sequer dei importância, agora não lembro como era mas tinha qualquer coisa a ver com a lua sorrir e as estrelas caírem ao mar, tinha uma imaginação muito fértil (não que agora já não tenha hahaha) e os meus pensamentos eram cheios de fantasias.
Foi assim então o meu primeiro estímulo criativo. Depois de começar a formar estes poemas na minha mente, tive o interesse de entrar em contacto com este tipo de conteúdo e acabei por encontrar entre os livros do meu pai um livro de poemas de António Aleixo 《Este livro que vos deixo》, foi o primeiro livro que eu li; o livro fez com que naquela idade fosse menos dificil perceber a complexidade de dar forma aos pensamentos.
O primeiro poema que aprendi foi da autoria de António Aleixo também:
"Sei que pareço um ladrão
Mas há muitos que eu conheço
Que sem parecer o que são
São aquilo que eu pareço."Tenho até hoje António Aleixo como uma grande referência no mundo da poesia pela riqueza que muitas vezes conseguia transmitir em apenas quatro linhas.
Termino então este capítulo com uma quadra diretamente ligada às diferenças na revelação da veia artística:
"A arte em nós revela-se
De forma diferente,
No papel ou na tela
Conforme o artista sente."
-António Aleixo🧠
Não esqueçam de interagir nos comentários, deixar críticas, votar e compartilhar o livro se tiverem gostado.
Apreciem:
A VIDA NÃO É UMA COMPETIÇÃO
"Cada um constrói o seu império no seu canto
Porque cada um sente de forma diferente a magia e o seu encanto
A vida não é uma competição
E automaticamente o sucesso ganha mais de uma definição
Cada um tira o seu cavalinho da chuva, cada um enfrenta as suas mágoas
Todos estão por todos em filantropia, mas no final é cada um com as suas chagas."N.Costa
SEE YOU SOON.
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A mente de uma poetisa
PoetryA adrenalina de exteriorizar os dilemas mais profundos da nossa mente, escrever um poema é como dar a luz, mostrar ao mundo as nossas vulnerabilidades em uma perspectiva diferente, o processo da criação de um poema...é o mesmo para todos? Um breve r...