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Sabina's
POV

Meu mundo desabou, eu ainda estava processando o que acabei de descobrir. Não tive tempo de reagir, até escutar o barulhos dos tiros.
Dois tiros, um na cabeça do meu pai e o outro na cabeça da senhora Urrea. Saco minha arma com lágrimas nos olhos e atiro no ombro da minha irmã. Ela foge e eu podia jurar que escutei um "desculpa" dela. Tento correr atrás dela mas eu não consigo me mover, minhas pernas não me obedecem e eu escuto a voz do Bailey:

– NÃAAAAAAAAAO! – Ele se aproxima de mim. E me abraça chorando, naquele momento eu desabo. Bailey é minha rocha desde que nossa mãe morreu. Ele é dois anos mais velho que eu, não temos o mesmo pai, o pai dele morava nas Filipinas, hoje ele mora em UK com a nova família. Mas Bailey sempre considerou meu pai seu pai e melhor amigo. – Saby, o que— – ele funga, nunca o vi tão vulnerável, nem quando descobrimos que Joalin está grávida.

– Hidalgos! – Kyle nos chama. O nome do Bailey é : Bailey Thomas Hidalgo May.

Kyle chega até nós, vê meu pai e a senhora Urrea e pede para Diarra, Lamar, Any e Sofya verificarem o perímetro.

– Ela fugiu, mas eu dei um tiro em seu ombro. – Digo com a voz embargada e me desfaço do abraço. – Kyle preciso de uma reunião com a equipe. – Digo inchugando as lágrimas e com a postura séria. Olho para Bailey e ele faz a mesma coisa que eu.

Ele já foi forte pra mim por muito tempo, minha vez de retribuir.

Kyle acente. Logo em seguida os agentes voltam dizendo não ter encontrado ela. Ela teve ajuda, disso eu tenho certeza.

Estamos todos na enorme sala dos Urrea. Falando neles, ambos estão muito tristes com a notícia da morte de sua mãe, mas estão se mantendo firme pra saber o que eu quero falar.

– Hoje... – Respiro fundo e pigarreio ao perceber minha voz trêmula –  Hoje eu fui atrás de uma pista que nos foi enviada. – Todos estavam atentos, tento não olhar para Bailey, mas quando meus olhos batem nele, meu coração se quebra, ele está olhando pro nada seu rosto não tem expressão.– Essa pista eram coordenadas, fui checar e, essas coordenadas, me levaram ao cemitério, mais especificamente, ao túmulo do Agente Tepa Gonzalez. – Todos arregalam os olhos, Heyoon, que até então estava consolando Sina, olha para mim com os olhos arregalados e eles começam a lacrimejar. Quase ninguém fala do Pepe perto de mim ou Heyoon, pois eles sabem que nos culpamos, Heyoon que nos enviou essa missão e eu deixei Pepe seguir a Lá muerte. Abaixo a cabeça ao ver seu olhar.

– Desculpa se eu estou sendo insensível, mas alguns de nós não sabemos que é esse. – Diz Savannah.

– Ah, claro. – Respiro fundo – O agente Gonzalez, ou Pepe, era meu marido, melhor amigo de Heyoon e um porto seguro para todos nós. Ele foi... um dos melhores agentes, ele que nos deu o nome de "Equipe Uniter" – Sorrio triste o lembrar. – Voltando... assim que cheguei lá, estranhei. Mas logo avistei duas silhuetas, que se revelaram ser meu pai e a senhora Urrea. Eles estavam de mãos dadas e me contou que a muito tempo se envolveram, tiveram uma filha, essa filha teve que ser dada ao meu pai, pelo Senhor Simon, já que ele não queria a criança. Meu pai, junto com a minha mãe, cuidaram dela, mas aí eu nasci, e ela tentou me matar quando eu tinha apenas um ano e ela cinco. – Eles ficam chocados.

Termino de contar a história.
E Bailey levanta do sofá com raiva e vai para a varanda. Joalin se levanta mas eu olho para Sofya, que a impede.

– Deixa ele esfriar a cabeça– digo suspirando.

Todos aparentam estar processando as informações que dei.

– Então quer dizer que não somos os únicos filhos de nossa mãe? – Questiona Sina com um pouco de mágoa e tristeza na voz.

𝐃𝐨𝐧'𝐭 𝐂𝐚𝐥𝐥 𝐌𝐞 𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥 -  𝔘𝔯𝔯𝔦𝔡𝔞𝔩𝔤𝔬 (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora